São Paulo, terça-feira, 1 de agosto de 1995
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Consórcio de carro médio será ampliado

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O governo deve autorizar nesta semana a formação de novos grupos de consórcios para a compra de veículos com prazo máximo de 50 meses. A informação foi dada ontem pelo presidente do Banco Central, Gustavo Loyola.
Loyola disse que os carros populares (Uno Mille e Escort Hobby, por exemplo) podem ficar com o prazo atual de seis meses porque ainda há muita procura. Só ocorrerá contemplação por sorteio.
Consórcios de eletroeletrônicos e eletrodomésticos (televisor, aparelho de som etc.) também não serão incluídos na flexibilização.
Hoje, o prazo máximo para grupos de consórcios de carros é de seis meses. A proposta do BC já foi apresentada ao ministro da Fazenda, Pedro Malan, e vai ser examinada amanhã.
A mudança nas regras dos consórcios é a próxima etapa do processo de flexibilização das medidas de restrição ao consumo e ao crédito, afirmou Loyola. ``Tudo será feito gradualmente", disse.
``À medida que a economia dê sinais de desaquecimento, o BC pode ir reduzindo o compulsório e as restrições ao crédito", disse Loyola. Na semana passada, disse ele, os juros já tiveram uma queda.
O processo de flebilização já havia sido anunciado pelo ministro Pedro Malan, em entrevista publicada pela Folha no último domingo. Não há prazo, porém, para que as medidas sejam adotadas.
Loyola afirmou que já foi verificada uma redução de consumo nos seguintes segmentos: agricultura, fertilizantes, máquinas agrícolas e naqueles dependentes de crédito (veículos, por exemplo).
As alterações têm o objetivo de manter o setor em atividade e estimular a poupança (dinheiro de consorciado com prazo maior deixa de ser utilizado para o consumo imediato de outros bens).
Há outros setores da economia, segundo Loyola, que ainda estão com suas vendas aquecidas. Ele citou o caso de alimentação e serviços, bens ligados ao salário.

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