São Paulo, quarta-feira, 2 de agosto de 1995 |
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Menem anuncia medidas antidesemprego
DENISE CHRISPIM MARIN
O presidente da Argentina, Carlos Menem, apresentou ontem a primeira parte das medidas do governo para tentar reduzir o desemprego, que afeta cerca de 2,6 milhões de trabalhadores. O plano de Menem se baseia no incremento do setor da construção civil, com financiamento dos setores público e privado. Em seu discurso, o presidente argentino afirmou que todas as obras previstas não comportam a utilização de recursos fiscais. Ou seja, não afetariam o total de gastos previstos no orçamento. Menem prometeu construir 100 mil casas por ano, com recursos do Banco Hipotecário Nacional. O projeto representa a injeção de US$ 1,5 milhão na construção civil argentina. Estima-se a criação de 150 mil postos de trabalho. Nos próximos seis meses, a instituição vai liberar empréstimos que somam US$ 300 milhões para esse projeto e outras linhas de crédito para empresas do setor. O governo também vai propor às Províncias a criação de um fundo para financiar os projetos provinciais na habitação. Menem também afirmou que já está em prática um plano para atrair a iniciativa privada para obras de infra-estrutura no interior do país. Empréstimos do BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento) e do Banco Mundial, de US$ 150 milhões, garantiriam a execução desses projetos. Demissão O secretário de Ingressos Públicos (a Receita Federal argentina), Carlos Miguel Tacchi, deixou a equipe econômica do governo depois da divulgação de nova queda na arrecadação de impostos. É o primeiro caso de demissão na equipe do ministro da Economia, Domingo Cavallo. Tacchi implantou na secretaria um programa severo de combate à sonegação de impostos. Nos últimos meses, entretanto, não conseguiu bons resultados. Segundo o governo, foram arrecadados US$ 135,7 milhões em julho deste ano -uma queda de 6,3% em relação a julho de 94. Texto Anterior: Arrecadação de ICMS cai 3,5% em São Paulo Próximo Texto: BNDES reduz taxa de juros para exportação Índice |
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