São Paulo, quarta-feira, 2 de agosto de 1995 |
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Corinthians tenta levar a partida final a Campinas
JOÃO CARLOS ASSUMPÇÃO
Alberto Dualib, presidente do clube, e José Mansur, vice-presidente de futebol, tiveram ontem uma reunião na Federação Paulista de Futebol, em que pediram a mudança do local do jogo. Após a reunião, os dois tentaram desconversar, afirmando que teriam pedido apenas aumento na segurança para a decisão. A princípio, a partida está marcada para Ribeirão Preto (319 km ao norte de São Paulo). Eduardo José Farah, presidente da FPF, teria ameaçado renunciar ao cargo após o campeonato caso haja mudança do local do jogo. O dirigente já teria assumido compromissos com a empresa Traffic, que detém os direitos de publicidade estática no estádio Santa Cruz, em Ribeirão Preto. O Palmeiras promete se pronunciar a respeito hoje, às 15h. Segundo Rubens Aprobatto Machado, vice-presidente da FPF, se o Palmeiras também se manifestar favorável a Campinas, a entidade irá estudar a questão. Aprobatto defende o jogo em Ribeirão. ``O estádio do Guarani é menor e lá é mais difícil dividir as torcidas", argumentou. Segundo publicação da FPF, a capacidade do estádio Brinco de Ouro da Princesa é de 49.600 espectadores. No primeiro jogo da final, em Ribeirão, compareceram 40.317 pagantes. A diretoria do Corinthians está preocupada com fatores extracampo. No último domingo, jogadores do time foram agredidos por policiais na saída do estádio. O técnico Eduardo Amorim lançou ontem uma campanha para que os atletas se concentrem apenas na partida deste fim-de-semana. Pela manhã, ele teve uma conversa com o elenco. ``Não gosto de comentar arbitragem. Temos que nos esquecer da confusão com a polícia, dos erros do Godói (juiz do último jogo) e nos preocupar apenas em jogar futebol", disse Amorim. Amorim criticou o gramado de Ribeirão Preto. ``O campo está tão ruim que não dá para tocar a bola. Temos que jogar pelo alto." Se a partida decisiva acontecer em Campinas, a equipe deverá mudar o estilo de jogo. ``Num campo melhor, podemos tentar manter mais a posse de bola." O meia-atacante Marcelinho, apesar de ter criticado o esquema de segurança no jogo em Ribeirão Preto, afirmou que não se importaria em jogar lá novamente. ``O problema foi terem deixado o ônibus do Corinthians ao lado da torcida do Palmeiras", reclamou. ``A polícia não nos deu proteção." Texto Anterior: Atlético-MG não vende Reinaldo à Parmalat; Renato deve renovar hoje com Fluminense; Flamengo faz proposta por volante Leandro; Nadadora Janet Evans perde invencibilidade; Suspeito por ameaças a Boris Becker é preso; Chileno é favorito no Grande Prêmio Brasil Índice |
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