São Paulo, quinta-feira, 3 de agosto de 1995
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Metalúrgicos protestam contra demissões

CRISTIANE PERINI LUCCHESI

CRISTIANE PERINI LUCCHESI; <UN->GRAZIELE DO VAL
DA REPORTAGEM LOCAL

Os metalúrgicos do ABCD fizeram ontem manifestação na avenida Prestes Maia, em São Paulo, em frente ao Ministério da Fazenda.
O protesto, que começou às 10h30, contou com 10 mil trabalhadores, segundo o sindicato, e 6.500, segundo a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego).
Os metalúrgicos protestaram contra a redução nas alíquotas de importação de autopeças (de 18% para 2%) e pediram que seja garantido um mínimo de mais de 70% de componentes nacionais nos carros fabricados no país.
``Sem esse índice de nacionalização, cerca de 100 mil trabalhadores perderão emprego", disse Luiz Marinho, diretor do Sindicato dos Metalúrgicos do ABCD, ligado à CUT.
Os manifestantes não foram recebidos no ministério e fizeram passeata até a praça da República. O presidente da CUT, Vicente Paulo da Silva, esteve presente.
A ministra da Indústria e Comércio, Dorothea Werneck, disse, em São Paulo, que os metalúrgicos não têm motivo para preocupações. Ela descartou a hipótese de que haveria 100 mil demissões.
A ministra disse que a medida provisória que cortou alíquotas de importação de autopeças não será regulamentada sem negociação.
O Sindipeças, que representa a indústria de autopeças, deu apoio informal à manifestação da CUT.
Em São Paulo, os metalúrgicos da base da Força Sindical fecharam acordo com a Continental 2001 e a Metal Frio sobre participação nos lucros, que pôs fim à greve de 17 dias nas empresas. Houve acordos também com a Monark, Wapsa e Magotek.

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