São Paulo, quinta-feira, 3 de agosto de 1995 |
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Carioca paulista
NELSON DE SÁ
Não faltou nem piada sobre o ciúme paulista, em discurso do presidente que tirou risadas da platéia carioca. Ontem o mesmo Fernando Henrique, segundo a CBN, ``comemorou com euforia os investimentos em São Paulo". Do SBT, ontem: - A Ford vai investir US$ 1,4 bilhão na ampliação das suas fábricas em São Paulo. E os grupos Vicunha e Du Pont vão construir uma nova fábrica em Americana. Fernando Henrique soube dos investimentos pelo colega tucano Mário Covas, através de um telefonema. E reagiu assim o presidente: - Como paulista, fico feliz que o ambiente de confiança no Plano Real vem-se traduzindo em investimentos. Agora virou paulista, com orgulho bandeirante. A condição extravagante, até híbrida, de Fernando Henrique, paulista e carioca, foi explorada ao limite durante a campanha e continua sendo, na presidência da federação. Por vezes, a sensação é que o Brasil não poderia mesmo ter outro presidente. Nem gaúcho, nem mineiro, um paulista carioca. Extinção Ainda quanto ao Rio, agora que passou o esforço por não ver a violência, que continuou e continua, as coisas podem até começar a mudar. O secretário de Segurança já diagnosticou a polícia como ``gangrenada", ontem na CBN. E disse ao SBT: - Nós admitimos a extinção como uma hipótese. - Secretário de Segurança se escandaliza com a corrupção e pensa em extinguir a Polícia Civil do Rio. O escândalo demorou um pouco, mas a extinção não vai ser novidade, no Brasil. Aliás, está aí uma boa hipótese para outras partes do país. Futebol Na Globo, o presidente da Federação Paulista de Futebol, Eduardo José Farah, com uma frase para a história. ``É chegada a hora de acabar com bandido no futebol." Texto Anterior: Regras para licitação ficam mais rígidas Próximo Texto: Senado define data de votação das emendas Índice |
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