São Paulo, quinta-feira, 3 de agosto de 1995
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Índice da Bolsa paulista tem alta de 1,23%

RODNEY VERGILI
DA REDAÇÃO

O mercado acionário operou com forte alta ontem, refletindo medidas do governo japonês. As autoridades do Japão fizeram simplificação na área tributária e contábil para que os investidores japoneses comprem títulos no exterior. Isso deve favorecer quem precisa de financiamento no mercado internacional.
O índice Nikkei de Tóquio fechou com alta de 2,21% após o anúncio das medidas. O indicador da Bolsa paulista registrou valorização de 1,23%.
A Petrobrás divulgou que, no período de janeiro a maio, o prejuízo foi de R$ 56 milhões (US$ 62 milhões). O resultado fraco da estatal nos primeiros meses do ano já era esperado. O desempenho foi afetado pela greve dos petroleiros em maio, segundo explicações da estatal.
No mercado cambial, houve a continuidade de forte entrada de dinheiro estrangeiro. O resultado foi uma queda na cotação do dólar no mercado flutuante que chegou a R$ 0,917, reagindo para fechar a R$ 0,922.
O Banco Central realizou um leilão de compra no mercado do dólar comercial a R$ 0,935, sustentando as cotações. No mercado futuro da Bolsa de Mercadorias, a cotação do dólar ficou estável a R$ 0,950 para agosto e R$ 0,962 para setembro.
O Federal Reserve (banco central dos Estados Unidos) fez ontem nova intervenção no mercado de moedas, comprando dólares. As medidas do governo japonês foram interpretadas como sinal inequívoco da disposição de ajudar o dólar a recuperar os níveis históricos de cotação. Ontem, o dólar foi cotado a 89,90 ienes, contra 88,25 no dia anterior.
No mercado de renda fixa, os juros ficaram estáveis. A expectativa é de gradual redução nas taxas. O cenário internacional torna-se bastante favorável ao Brasil com a entrada de dinheiro estrangeiro. Os recursos estão sendo atraídos pelos altos juros no sistema financeiro brasileiro.

JUROS
Curto prazo
Os cinco maiores fundões renderam, em média, 0,130%. Segundo o mercado, a taxa do over ficou, em média, em 5,0% para dias úteis, projetando rendimento de 3,9% no mês. No mercado de Certificados de Depósito Interbancário (CDIs), as taxas de juros ficaram, em média, a 5,01% ao mês, projetando rentabilidade de 3,91%.
As cadernetas que vencem no dia 3 de agosto rendem 3,8673%. CDBs prefixados de 30 dias negociados ontem: entre 32% e 54,40% ao ano. CDBs pós-fixados para 153 dias entre 16% e 17% ao ano mais TR.

Empréstimos
Empréstimos por um dia (``hot money") contratados ontem: a taxa média foi de 5,97% ao mês, projetando rentabilidade de 4,67%. Para 30 dias (capital de giro): entre 56% e 118% ao ano.

No exterior
Prime rate: 8,75% ao ano. Libor: 5,81% ao ano.

AÇÕES
Bolsas
São Paulo: alta de 1,23%, fechando com 39.184 pontos e volume financeiro de R$ 216,7 milhões. Rio: valorização de 0,4%, encerrando a 17.865 pontos e movimentando R$ 23,9 milhões.

Bolsas no exterior
O índice Dow Jones da Bolsa de Nova York fechou com 4.690,15 pontos. Em Londres, o índice Financial Times fechou a 2.613,00 pontos. Em Tóquio, o índice Nikkei fechou com 16.720,75 pontos.

DÓLAR E OURO
Dólar comercial (exportações e importações): R$ 0,934 (compra) e R$ 0,935 (venda). Segundo o Banco Central, no dia anterior, o dólar comercial foi negociado, em média, por R$ 0,934 (compra) e por R$ 0,936 (venda). ``Black": R$ 0,910 (compra) e R$ 0,920 (venda). ``Black" cabo: R$ 0,919 (compra) e R$ 0,924 (venda). Dólar-turismo: R$ 0,900 (compra) e R$ 0,930 (venda), segundo o Banco do Brasil.
Ouro: baixa de 0,22%, fechando a R$ 11,295 o grama na BM&F.

Câmbio contratado
O saldo de fechamento de câmbio comercial (exportação menos importação) acumulado no 1º dia de agosto foi positivo em US$ 84,11 milhões. As entradas financeiras foram maiores que as saídas de dólares em US$ 148,75 milhões. O saldo total está positivo em US$ 232,86 milhões.

No exterior
Segundo a ``UPI", em Londres, a libra foi cotada a 1,6008 dólar. Em Frankfurt, o dólar foi cotado a 1,3975 marco alemão. Em Tóquio, o dólar foi cotado a 89,90 ienes.

FUTUROS
No mercado de DI (Depósito Interfinanceiro) da BM&F, a projeção de juros para agosto fechou a 3,87% no mês e para setembro a 3,59% no mês. No mercado futuro do índice Bovespa, a cotação para agosto ficou a 39.200 pontos. No mercado futuro de dólar, a moeda norte-americana para agosto fechou a R$ 0,950 e a R$ 0,962 para setembro.

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