São Paulo, quinta-feira, 3 de agosto de 1995
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Superávit pode voltar em agosto

DA REPORTAGEM LOCAL; DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Embora ainda sem números finais, a área econômica considera certo novo déficit no comércio externo em julho, com as importações superando as exportações na casa dos US$ 300 milhões.
Será o nono déficit mensal consecutivo, mas o menor da série, iniciada em novembro de 94.
Em agosto, no entanto, o Banco Central estima que as exportações devem ficar até US$ 200 milhões acima das importações. Se confirmado, será o primeiro superávit da balança comercial desde novembro do ano passado.
Os dados do mercado de câmbio divulgado pelo BC mostram que as importações já começaram a cair em julho, quando ficaram em US$ 3,068 bilhões -menor saldo desde outubro do ano passado (US$ 2,478 milhões).
Além disso, as antecipações de contrato de câmbio realizadas há seis meses começaram a ser efetivadas agora. Isto é, as mercadorias (soja, por exemplo) começam a ser entregues a partir deste mês.
Esses contratos só entram no cálculo da balança comercial no momento em que a mercadoria é entregue. Ou seja, o volume de dólares obtido com as exportações deve aumentar a partir de agosto.
Até aqui, incluindo julho, o déficit deste ano alcança US$ 4,55 bilhões. Para alcançar o equilíbrio, o país teria que fazer superávits mensais na faixa de US$ 910 milhões, de agosto até dezembro.
Sendo isso difícil, a equipe econômica já abandona a tese de que alcançaria superávit neste ano.
A nova formulação agora é a seguinte: mesmo que no conjunto do ano haja déficit, o importante é restabelecer a tendência dos superávits mensais.

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