São Paulo, quinta-feira, 3 de agosto de 1995
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Centroavante amador se compara a Evair

DA FOLHA NORDESTE

O ``irmão pobre" do Palmeiras da capital, em Ribeirão Preto, é a Associação Atlética Palmeiras.
Só não se chama Sociedade Esportiva Palmeiras para não dar confusão com o atual bicampeão paulista e brasileiro. O time de Ribeirão está na 2ª divisão.
O policial militar reformado José Faria, atualmente vice-presidente do clube, é um dos fundadores do time, criado em setembro de 1990.
Sem campo próprio, o time do bairro José Sampaio era um eterno ``saco de pancadas" na 3ª divisão. Melhorou, chegou à 1ª, mas caiu para a 2ª.
O talento do time foi Clayton, atualmente na Matonense, de Matão, que disputa a Série B-1 do Campeonato Paulista de Profissionais. Mas, um ex-profissional, continua honrando o time.
O centroavante Alcindo, 32, é oportunista e diz ter o estilo de Evair no bate-bola com os amigos. Ex-jogador do Santa Fé, na antiga 2ª Divisão nos anos 80, encara tudo como ``diversão",
``Gosto disso", afirma Alcindo, que vai torcer pelo Palmeiras da capital no domingo. Ele irá ao estádio Santa Cruz. Fora de campo, ganha cerca de R$ 2.000 mensais como tapeceiro.
Ninguém recebe salário no ``Palmeirinha", como é conhecido na cidade. Doze diretores contribuem, mensalmente, com R$ 10,00 para manter o futebol do time aos domingos.
Mas o clube gasta R$ 15,00 por semana de aluguel do campo e outros tantos para lavar o uniforme. Não tem patrocinador na camisa. ``Só tivemos promessas, mas nada de apoio", diz Faria.

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