São Paulo, quinta-feira, 3 de agosto de 1995
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Erin chega à Flórida sem causar dano previsto

EDIANA BALLERONI
ESPECIAL PARA A FOLHA, DE MIAMI

O furacão Erin chegou na madrugada da ontem a Vero Beach (Flórida) sem causar maiores prejuízos. O Departamento de Polícia local informou à Folha que algumas árvores foram arrancadas e a cidade permaneceu sem luz por várias horas -e isso foi tudo.
Em Orlando, uma dos principais cidades turísticas do Estado, também houve árvores arrancadas. Algumas casas foram atingidas, sem gravidade. Os danos materiais não foram significativos.
Algumas regiões de Vero Beach permaneciam sem luz no final da tarde, mas a situação deveria ser normalizada ainda ontem.
Durante o dia, o Erin perdeu força e transformou-se em uma tempestade tropical. Contrariando as previsões do Centro Nacional de Furacões (que calculava um furacão com ventos contínuos em torno de 159 km/h), às 17h de ontem, o Erin se encontrava sobre o golfo do México com ventos de 112 km/h e rajadas que atingiam até 136km/h.
Para ser considerado um furacão, os ventos contínuos precisam atingir 119 km/h no mínimo. Ao se dirigir para o golfo, o Erin mudou de direção pela terceira vez.
A primeira alteração de rota se deu quando o furacão, em vez de chegar à Flórida pelas ilhas Keys, como se previa, subiu para West Palm Beach. Depois, em lugar de atingir o solo por West Palm Beach, subiu mais ao norte, entrando por Vero Beach.
O Centro Nacional de Furacões calculava que o Erin iria subir pelo centro da Flórida até atingir a Geórgia. Entretanto, ele cruzou o Estado e foi ao golfo do México.
A Flórida permanecia em situação de emergência, ontem. Toda a costa oeste do Estado, desde Long Boat Key até Apalachecola, estava em alerta. O Centro Nacional de Furacões insistia que havia o perigo de formação de tornados.
Jackie Menendez, diretora-assistente do Departamento de Comunicações do Condado de Dade, que inclui a cidade de Miami, disse à Folha que todas as medidas de precaução adotadas foram corretas e não houve exageros.
"O perigo era concreto e as pessoas têm fresca na memória a lembrança do furacão Andrew, há três anos. O fato de não ter acontecido nada grave tem de ser visto com alegria., afirmou Jackie.
Miami, Coral Gables, South Beach, Bloward e Kendall voltaram a sua vida normal ontem.
Calcula-se que cerca de 600 mil pessoas se deslocaram dessas cidades por causa do furacão. Por volta de 10h, todos os abrigos já haviam sido desocupados. As aulas voltaram ao normal.
Os hospitais também voltaram a funcionar normalmente. O Aeroporto Internacional de Miami estava lotado por volta de meio-dia, com vôos sendo remarcados e operando a toda capacidade.

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