São Paulo, quinta-feira, 3 de agosto de 1995 |
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Jacquard criou tear na região
ILIANA GOLDSTEIN
Francisco 1º ofereceu facilidades a quem fabricasse cetim, veludo e seda na cidade. Cerca de 12 mil genoveses vieram a Lyon para trabalhar nesse ramo. Durante o Renascimento, os lioneses vendiam tecidos para a alta burguesia e a realeza. Na época do Império, Lyon intensificou a produção de seda e outros tecidos, com o incentivo de Napoleão. A produção tornou-se mais rápida quando um artesão, chamado Jacquard, criou um mecanismo para troca de estampas e cores apenas trocando cartões perfurados que programavam os fios. Vendo o tear pessoalmente, é possível compreender bem esse mecanismo. Os tecelões deixaram o bairro de Saint-Jean pela colina de Croix-Rousse, onde foram construídas casas de pé-direito altíssimo, para caberem os teares ``jacquardianos". O preço baixo que a burguesia pagava pelos tecidos e as péssimas condições de higiene e conforto levaram ao movimento colérico da Revolta dos Canuts (1831). A visita ao local é muito interessante. Na Maison de Canuts há teares em funcionamento, velhos tecidos e vídeos sobre a produção da seda. Sobre o assunto há ainda o Museu Histórico dos Tecidos, na rue de la Charité, próximo à praça Bellecour. (IG) Texto Anterior: Cidade brilha com história e gastronomia Próximo Texto: Cristãos eram queimados e esquartejados Índice |
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