São Paulo, sexta-feira, 4 de agosto de 1995
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São Paulo anuncia investimentos de US$ 6,4 bilhões em dois anos

EMANUEL NERI
DA REPORTAGEM LOCAL

O governo de São Paulo anunciou que os investimentos industriais já garantidos para os próximos dois anos no Estado atingem US$ 6,4 bilhões (cerca de R$ 6 bilhões).
A previsão é de que, até o final de 1998, esse tipo de investimento alcance US$ 20 bilhões.
Emerson Kapaz, secretário da Ciência, Tecnologia e Desenvolvimento Econômico, disse anteontem que se trata do maior volume de investimento feito em um período como esse em toda a história econômica de São Paulo.
Segundo Kapaz, os US$ 6,4 bilhões correspondem aos primeiros seis meses do ano. Ele acredita que a média de investimento por ano fique em US$ 5 bilhões. Nos quatro anos do atual governo, eles chegariam a US$ 20 bilhões.
Para Kapaz, os investimentos externos na indústria estão migrando da Ásia para o Brasil. No país, segundo ele, São Paulo se beneficia do maior volume desses investimentos por ser o Estado com maior infra-estrutura, competitividade e mercado consumidor.
Kapaz afirmou que São Paulo tem recebido esses investimentos sem ``abrir mão de um único centavo" de seu ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços).
Trata-se de um recado aos Estados que oferecem isenção de ICMS para atrair investimentos. Esse tipo de artifício recebe o nome de ``guerra fiscal".
O governador paulista, Mário Covas (PSDB), anunciou que a Fibra-Du Pont vai investir cerca de US$ 170 milhões no Estado em três anos, na ampliação da capacidade de suas fábricas e na construção de nova unidade em Americana (133 km a noroeste de SP).
Durante a cerimônia, o governador e o presidente Fernando Henrique Cardoso conversaram por telefone, numa estratégia de marketing de suas assessorias.
A nova fábrica da Fibra-Du Pont (associação da Fibra, empresa do grupo Vicunha, com a Du Pont) poderá produzir 10 mil toneladas de náilon por ano.

Coca-Cola
O presidente da Coca-Cola para a América Latina, Weldon Johnson, disse anteontem a FHC, em Brasília, que a empresa investirá US$ 2 bilhões no Brasil até 1999.
Para este ano, a previsão é investir US$ 150 milhões em infra-estrutura (ampliação e construção de fábricas) e US$ 200 milhões em marketing (promoção de eventos e publicidade). A Coca tem 80 fábricas no país e emprega diretamente 42 mil pessoas.
Os governadores Albano Franco (SE) e Tasso Jereissati (CE) estão comprando a parte do empresário Angelo Calmon de Sá, presidente do Banco Econômico. Ele tem três fábricas na Bahia. A empresa quer incentivar redução de custos para a ampliação das fábricas.

Colaboraram a Reportagem Local e a Sucursal de Brasília

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