São Paulo, sexta-feira, 4 de agosto de 1995
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Venda a domicílio bate recorde

MÁRCIA DE CHIARA
DA REPORTAGEM LOCAL

Empresas que fabricam e vendem seus próprios produtos a domicílio estão conseguindo driblar a crise de falências, concordatas e inadimplência (atraso no pagamento) enfrentada pelo comércio.
Avon e Natura, por exemplo, as gigantes da venda a domicílio de produtos de higiene pessoal e cosméticos, devem fechar o ano com faturamento recorde.
``Há 36 anos no país, a Avon atinge o primeiro bilhão de dólares", diz Paulo Volterrini, diretor.
A previsão é vender 235 milhões de unidades, faturando US$ 1,050 bilhão, 33% acima do registrado em 94.
A Natura calcula faturar US$ 650 milhões com a venda de 50 milhões de unidades de produtos neste ano. Isso representa um crescimento de 86% em relação a 94.
``É o melhor desempenho da empresa nos últimos 25 anos", diz Guilherme Leal, vice-presidente.
Só no primeiro semestre, a Natura vendeu 195% a mais em relação ao mesmo período do ano passado e a Avon registrou um crescimento de 78% no mesmo período.
Esse desempenho supera de longe as vendas nas lojas. Pesquisa da Federação do Comércio mostra que os negócios de produtos de perfumaria nas lojas cresceu 36% de janeiro a maio de 95 sobre igual período de 94.
A linha direta entre a fábrica e o consumidor, que permite oferecer preços mais competitivos -sem os custos financeiros da época da inflação alta-, é apontada por Leal e Volterrini como um dos principais fatores que têm garantido o bom desempenho.
Além disso, como na venda direta é oferecida uma única marca, a força desse canal de comercialização é maior, explica Volterrini.
Enquanto o comércio registrou desaceleração nas vendas a partir de maio, as duas empresas garantem que seus negócios se mantêm estáveis em um patamar elevado.

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