São Paulo, sábado, 5 de agosto de 1995
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Ventos reduzem a poluição em SP

Frente fria evita estado de atenção

DA REPORTAGEM LOCAL

A frente fria que chegou a São Paulo na madrugada de ontem trouxe vento e chuva, baixou as temperaturas e evitou que o estado de atenção fosse decretado pela Cetesb (Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental) em algumas áreas da região metropolitana de São Paulo.
Ontem, apenas 3 das 25 estações de medição da Cetesb registraram qualidade inadequada do ar. Anteontem, foram dez estações com qualidade inadequada e três com qualidade má.
Pela primeira vez nos últimos quatro dias, uma estação apresentou boa qualidade do ar.
Esta condição foi verificada na medição realizada pela manhã na estação de Mauá (Grande São Paulo), que anteontem apresentava qualidade inadequada.
Na madrugada de anteontem, a Cetesb decretou estado de pré-alerta em Cubatão (Baixada Santista), onde a qualidade do ar foi considerada má. A atividade industrial foi reduzida, para evitar o aumento da poluição.
O aumento da poluição nos últimos dias havia se dado devido às más condições para a dispersão de poluentes (falta de chuvas e de ventos e calor).
Anteontem, registrou-se a máxima temperatura do inverno, 28,1oC. A frente fria reverteu esse quadro. A máxima registrada foi de 23,8oC. Esta foi a máxima mais baixa desde o dia 23 de julho, quando se registrou a temperatura máxima de 17,2oC.
Rodízio de veículos
A Cetesb inicia, no próximo dia 28, uma semana de testes para o rodízio de veículos na região metropolitana, visando diminuir a poluição atmosférica.
A Cetesb quer retirar de circulação 20% da frota por dia. Na segunda não circulariam os carros com placas de finais um e dois. Na terça, os com finais três e quatro, e assim por diante.
O rodízio será implantado na região entre as marginais Tietê e Pinheiros. O horário provável de restrição é das 7h30 às 19h30.
Segundo o presidente da Cetesb, Nelson Nefussi, os infratores não serão multados, ao contrário do que foi cogitado.
``É apenas um exercício de defesa civil. Se não houver adesão, significa que a população não se preocupa com a saúde", disse.

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