São Paulo, domingo, 6 de agosto de 1995
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'Meu namorado late na cama'

DA REPORTAGEM LOCAL

Coelhinho, cachorro, fada, mulherzinha... Qualquer manual para casais que estão juntos há muitos anos sugere, a título de reciclagem sexual, que se soltem as fantasias.
``Eu e meu namorado enfrentávamos um período de crise, quando eu li que todo mundo tem fantasias. Descobri que a minha era ligada à infância -especificamente a bichinhos de pelúcia. Cheguei a me vestir de coelhinho", lembra a fonoaudióloga M.W., 35. ``Toda vez que o relacionamento cai na rotina, invento um personagem."
Quando não é a mulher quem inventa, é o homem. A secretária S.M., 29, não acreditou quando o namorado veio com a idéia de fazer um cachorrinho. ``Ele fica de quatro, latindo, e eu saio correndo atrás dele pela casa", conta ela.
A socióloga C.G., 25, gosta de brincadeiras mais amenas. Sua preferida é se fantasiar de fadinha poderosa. ``Consigo tudo que quero", garante. ``É estimulante."
Quando dá tudo certo, muito bem, mas, quando as partes não se entendem, a fantasia vira um pesadelo. A química S.G., 28, paquerou um colega mais velho até que ele a chamou para sair. Na casa dela, ele a despiu, colocou a roupa dela e depois quis levar uma surra. ``Achei muito forte", lembra S.G., que não é contra fantasias, mas não viu a menor graça nessa.

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