São Paulo, terça-feira, 8 de agosto de 1995 |
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Petista quer CPI para investigar secretário
LUIZ ANTÔNIO CINTRA
O deputado afirmou que Dallari recebeu US$ 600 mil de empresas e associações de classe entre novembro de 93 e dezembro de 94 por ``serviços prestados". O deputado apresentou cópias de supostos recibos em nome da empresa Engenharia e Consultoria Decisão, que, segundo Chinaglia, levariam a assinatura de Dallari. Ontem, a Folha tentou durante todo o dia falar com o secretário de Acompanhamento Econômico, que não quis se pronunciar. Dallari é sócio majoritário da Decisão, que dá assessoria na área de engenharia e economia. O secretário afirmou ontem, em documento à imprensa, estar desligado da direção da consultoria desde janeiro de 94. Entre os recibos apresentados por Chinaglia, consta um pagamento feito pela Sandoz em setembro de 94, no valor de R$ 2.607,62. O recibo, segundo Chinaglia, leva a rubrica de Dallari. O deputado disse que a saída de Dallari da empresa ``não foi registrada em cartório e, por isso, não tem valor legal". Isso caracterizaria enriquecimento ilícito e improbidade administrativa de Dallari. No período desses pagamentos, Dallari já era o encarregado do governo federal de fiscalizar os preços praticados na economia. Chinaglia apresentou ainda recibos da Refinações de Milhos Brasil, da Associação Brasileira de Supermercados, da Associação Paulista de Supermercados e da Associação Brasileira de Indústrias Exportadoras de Carne. Texto Anterior: Afastamento foi notificado Próximo Texto: Secretário nega as acusações Índice |
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