São Paulo, terça-feira, 8 de agosto de 1995 |
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Venda de armas ao Irã foi legal, diz Itamaraty
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA A Secretaria de Imprensa do Itamaraty (Ministério das Relações Exteriores) afirmou que a venda de armas para o Irã, em 84, foi legal. Na época, o país não havia assinado nenhum acordo que impedisse a transação comercial.Esse tipo de negócio, disse o Itamaraty, é de conhecimento do governo, que os avalia e autoriza. Os tratados assinados pelo Brasil que impedem esse tipo de comércio de armamentos foram assinados após 84, disse o Itamaraty. Um dos problemas da venda estaria na chamada operação triangular: as armas são vendidas a um país que as repassa a um terceiro. É uma forma de furar embargos comerciais. Os novos acordos comerciais prevêem essa prática. A Folha revelou anteontem que a Procuradoria da República acusa duas empresas brasileiras de vender ilegalmente 1 milhão de granadas de mão ao Irã e entregar 30 mil delas a rebeldes da Nicarágua. A denúncia foi acolhida pela juíza Marilena Soares Franco, da 13ª Vara Federal, no Rio. As empresas Jabour (exportadora) e a Explo (fabricante de explosivos) teriam utilizado documentação falsa, atribuindo a encomenda à Líbia. Elas negam a acusação. Existe a suspeita de que a venda fez parte da operação Irã-Contras -venda ilegal, pelo EUA, de armas ao Irã e repasse do dinheiro aos Contras, que combatia o então governo na Nicarágua nos anos 80. Três granadas dessa encomenda foram encontradas pela Polícia Civil do Rio com traficantes. Texto Anterior: Grupo propõe ampliação da lista Próximo Texto: Trabalhador rural é assassinado na Paraíba Índice |
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