São Paulo, quarta-feira, de dezembro de
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Índice da Bolsa paulista é o maior do ano

RODNEY VERGILLI
DA REDAÇÃO

Os juros estão caindo, há forte entrada de dinheiro estrangeiro e as Bolsas sobem.
A Bolsa paulista atingiu o maior índice do ano ontem (43.938 pontos) com alta de 4,60%. É o maior índice desde 21 de dezembro do ano passado (44.952 pontos).
O indicador da Bolsa paulista já acumula alta de 13,32% este mês até o momento. As Bolsas dispararam com a queda dos juros promovida pelo Banco Central a partir da sexta-feira passada. A rentabilidade projetada para o over (negócios por um dia) caiu de 3,87% na sexta-feira para 3,84% no mês ontem.
Ulysses Ferreira, diretor do Banco Patente, diz que os gráficos demonstram que ontem foi confirmada a mudança de patamar do índice Bovespa e a expectativa é de alta a médio prazo, sem descartar eventuais quedas por causa de vendas de ações para realização de lucros.
Segundo ele, é forte a entrada de dinheiro estrangeiro nas Bolsas este mês. As entradas de dinheiro estrangeiro superaram as saídas na Bolsa paulista em US$ 400 milhões no mês passado, diz Ferreira.
O cenário torna-se favorável às Bolsas brasileiras com as reformas sendo aprovadas no Brasil, os juros baixando no mundo inteiro, os países da América Latina resolvendo seus principais problemas e os fluxos de recursos voltando aos países emergentes.
Há fatores especulativos que também impulsionam as Bolsas de Valores. Vence o mercado de índice na Bolsa de Mercadorias no próximo dia 16 e as opções no dia 21 (na Bovespa).
No mercado cambial, há uma enxurrada de dólares. A entrada total de dólares superou a saída em US$ 1,607 bilhão em apenas quatro dias de agosto. Na sexta-feira, o saldo líquido (entradas menos saídas) bateu o recorde diário de US$ 815,31 milhões. Um montadora de veículos trouxe recursos da ordem de US$ 400 milhões na sexta-feira passada para financiar a compra de veículos pelos consumidores e com receio de que o Banco Central possa restringir a entrada de capitais.
(Rodney Vergili)

JUROS
Curto prazo
Os cinco maiores fundões renderam, em média, 0,124%. Segundo o mercado, a taxa do over ficou, em média, em 4,90% para dias úteis, projetando rendimento de 3,84% no mês. No mercado de Certificados de Depósito Interbancário (CDIs), as taxas de juros ficaram, em média, a 4,90% ao mês, projetando rentabilidade de 3,84%.
As cadernetas que vencem hoje rendem 3,4225%. CDBs prefixados de 30 dias negociados ontem: entre 30% e 50,70% ao ano. CDBs pós-fixados para 122 dias entre 16% e 17% ao ano mais TR.

Empréstimos
Empréstimos por um dia (``hot money") contratados ontem: a taxa média foi de 5,85% ao mês, projetando rentabilidade de 4,59%. Para 30 dias (capital de giro): entre 54% e 109% ao ano.

No exterior
Prime rate: 8,75% ao ano. Libor: 5,84% ao ano.

AÇÕES
Bolsas
São Paulo: alta de 4,60%, fechando com 43.938 pontos e volume financeiro de R$ 361,59 milhões. Rio: valorização de 3,5%, encerrando a 19.775 pontos e movimentando R$ 65,51 milhões.

Bolsas no exterior
O índice Dow Jones da Bolsa de Nova York fechou com 4.693,32 pontos. Em Londres, o índice Financial Times fechou a 2.610,50 pontos. Em Tóquio, o índice Nikkei fechou com 16.615,46 pontos.

DÓLAR E OURO
Dólar comercial (exportações e importações): R$ 0,934 (compra) e R$ 0,935 (venda). Segundo o Banco Central, no dia anterior, o dólar comercial foi negociado, em média, por R$ 0,934 (compra) e por R$ 0,936 (venda). ``Black": R$ 0,911 (compra) e R$ 0,922 (venda). ``Black" cabo: R$ 0,923 (compra) e R$ 0,928 (venda). Dólar-turismo: R$ 0,905 (compra) e R$ 0,935 (venda), segundo o Banco do Brasil.
Ouro: alta de 0,18%, fechando a R$ 11,37 o grama na BM&F.

Câmbio contratado
O saldo de fechamento de câmbio comercial (exportação menos importação) acumulado no mês até o dia 4 foi positivo em US$ 410,49 milhões. As entradas financeiras foram maiores que as saídas de dólares em US$ 1,196 bilhão. O saldo total está positivo em US$ 1,607 bilhão.

No exterior
Segundo a ``UPI", em Londres, a libra foi cotada a 1,6033 dólar. Em Frankfurt, o dólar foi cotado a 1,4000 marco alemão. Em Tóquio, o dólar foi cotado a 91,08 ienes.

FUTUROS
No mercado de DI (Depósito Interfinanceiro) da BM&F, a projeção de juros para agosto fechou a 3,63% no mês e para setembro a 3,33% no mês. No mercado futuro do índice Bovespa, a cotação para agosto ficou a 43.700 pontos. No mercado futuro de dólar, a moeda norte-americana para agosto fechou a R$ 0,947 e a R$ 0,960 para setembro.

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