São Paulo, quarta-feira, 9 de agosto de 1995 |
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Estatais terão crédito suplementar de R$ 5 bi
ELVIRA LOBATO
Mais da metade do dinheiro, R$ 3,18 bilhões, irá para as companhias telefônicas. Segundo o Ministério do Planejamento, o Sistema Telebrás estava com sua verba de investimentos restrita a R$ 317 milhões. O ministério diz que as telefônicas sofreram corte de R$ 3,12 bilhões no Orçamento para 1995 no início do ano e o reforço proposto agora apenas recomporia a capacidade de investimento do setor. O corte, que deixou várias estatais sem verba para investimentos até agora, foi provocado pelos vetos na Lei Orçamentária propostos pelo próprio ministro José Serra, do Planejamento, e sancionados pelo presidente FHC. Nos projetos de lei enviados ao Congresso, o governo pede autorização para acrescentar R$ 2,711 bilhões sob a forma de créditos especiais e R$ 2,313 bilhões de créditos suplementares. Se aprovados os dois projetos, o sistema Telebrás receberá 97% (R$ 2,63 bilhões) dos créditos especiais. Um terço desse total será destinado à telefonia celular. Mais da metade do crédito especial para telefonia celular -R$ 477 milhões- irá para o Estado de São Paulo, onde há uma fila de 690 mil pessoas inscritas para a compra de telefone celular. O Sistema Telebrás receberá mais R$ 551,9 milhões de crédito suplementar. Os bancos oficiais, por sua vez, receberão a maior parte do dinheiro a ser liberado dessa forma: R$ 691,52 milhões serão para operações de leasing (contratos de aluguel com opção de compra) do Banco do Brasil e do Banco Meridional. Para a BNDESPar (empresa de participações societárias do BNDES) foi pedido um crédito adicional de R$ 390 milhões. Texto Anterior: Elétricas serão pagas em dinheiro, diz Serra Próximo Texto: Leia a íntegra da fala de FHC no rádio Índice |
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