São Paulo, quarta-feira, 9 de agosto de 1995
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Governo define o novo 'imposto da educação'

PAULO SILVA PINTO
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O ministro Paulo Renato Souza (Educação) afirmou ontem que devem terminar nesta semana os estudos em conjunto com a equipe econômica que prevêem acréscimo na alíquota de IR (Imposto de Renda) para quem estudou em universidade pública.
A proposta foi revelada no domingo passado pelo Painel da Folha.
Uma das idéias, ainda não definida, é acrescentar 10% na alíquota dos contribuintes com mais de 35 anos formados em instituições públicas.
Assim, quem paga 10% de IR passaria a pagar 11%. Os recursos provenientes dessa arrecadação seriam aplicados no ensino básico (de 1º grau). O ministro disse não saber ainda quanto isso significaria exatamente.
``Isso (o aumento de IR) não é o principal. Há uma série de medidas que prevêem a redistribuição das verbas da educação, garantindo mais recursos para o ensino básico", disse o ministro, que não revelou as outras medidas em discussão.
Na próxima semana, segundo ele, o Palácio do Planalto deve receber o projeto de emenda constitucional, que está sendo elaborado em conjunto por técnicos dos ministérios da Educação e do Planejamento.
O ministro Nelson Jobim (Justiça) também está participando das discussões, para eliminar da proposta pontos que ferem a Constituição.
Advogados afirmam, porém, que a idéia de aumentar a alíquota para quem frequentou escolas públicas é inconstitucional: quando entrou na escola, não estava previsto que o estudante teria de pagar por isso.

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