São Paulo, quarta-feira, 9 de agosto de 1995
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Taxa da educação atrapalha a CMF

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Vários dos líderes que discutiram a reforma tributária com o presidente Fernando Henrique Cardoso consideram que a proposta do ministro da Educação, Paulo Renato, de criar um imposto para financiar o seu setor pode ter minado as chances da CMF (Contribuição sobre Movimentação Financeira) no Congresso.
Eles avaliam que, se aprovarem a CMF, destinada à saúde, logo terão de discutir a criação do imposto para a educação. Depois, terão de estudar a criação de um imposto para financiar o transporte.
Essa avaliação foi feita na ante-sala do gabinete presidencial, informalmente, antes da reunião.
Durante a reunião sobre a reforma tributária, os mesmos líderes ouviram FHC defender a CMF.
FHC disse que o ministro da Saúde, Adib Jatene, propôs a criação da contribuição porque o governo não tem recursos.
O líder do PFL na Câmara, Inocêncio Oliveira (PE), voltou a atacar o novo imposto. Foi aparteado pelo líder do PP no Senado, Bernardo Cabral (AM), relator do projeto da CMF, que o defendeu.
O líder do PL na Câmara, Valdemar Costa Neto (SP), brincou ao comentar a proposta do ministro da Educação: "O Paulo Renato está frito quando tiver que ir ao Incor (Instituto do Coração) outra vez". Em junho, Jatene implantou pontes de safena e de mamária em Paulo Renato no Incor.

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