São Paulo, sexta-feira, 11 de agosto de 1995
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Assinaturas em recibos serão examinadas

DA REPORTAGEM LOCAL

O secretário de Acompanhamento Econômico do Ministério da Fazenda, José Milton Dallari, afirmou ontem que “está sendo marcada” a data do exame grafotécnico para saber quem assinou os recibos da consultoria Decisão.
O deputado Arlindo Chinaglia (PT/SP) acusa Dallari de assinar recibos de sua empresa mesmo depois de ir para o governo.
Segundo Adilson Dallari, advogado do secretário, as assinaturas são de Alice Matsumoto, escriturária da empresa.
O secretário de Acompanhamento Econômico confirmou ter intercedido junto ao Ministério da Saúde para que os supermercados pudessem vender medicamentos.
Dallari pediu à Vigilância Sanitária que parasse com a fiscalização nos supermercados enquanto o assunto estivesse em discussão.
O pedido partiu do presidente da Abras (Associação Brasileira de Supermercados), Paulo Feijó. A Abras é cliente da Decisão.
“A minha intervenção teve o objetivo de baixar os preços dos remédios. Pedi também que as farmácias pudessem vender produtos de supermercado”, disse.
Dallari negou que as empresas clientes de sua consultoria tenham sido beneficiadas com aumentos de preços acima da inflação. “Basta ver os jornais para comprovar isso”, disse o secretário.
Outra acusação contra Dallari -de que ele teria favorecido distribuidores de derivados de petróleo- também foi negada.
“Os cálculos relativos à margem de lucro para combustíveis são do Departamento Nacional de Combustíveis.”
O economista Luís Paulo Rosenberg afirmou que os botetins mensais de sua consultoria “são distribuídos gratuitamente para os clientes da Decisão”.
Dallari afirmou anteontem que vários serviços da Decisão foram terceirizados depois de sua ida para o Ministério da Fazenda.
A única empresa citada por Dallari foi a Rosenberg Consultoria.

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