São Paulo, domingo, 13 de agosto de 1995
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`Transo melhor com estranhos'

DA REPORTAGEM LOCAL

Cidade grande é fogo. Corre-corre, engarrafamento, elevador cheio... De repente, alguém quer algo mais do que pedir licença para você. Um estranho -mas você não resiste.
A nutricionista M.C., 30, passou por algumas experiências do tipo e garante. ``Com estranhos, sou muito melhor de cama. Libero todas as minhas fantasias."
A última vez que M. não resistiu aos encantos de um desconhecido foi no Ibirapuera.
``Estava correndo e cruzei com um sujeito maravilhoso. Na volta seguinte, ele me pegou pelo braço e me convidou para tomar suco na casa dele. Fizemos de tudo."
A publicitária A.C., 29, estava presa em um engarrafamento histórico, no dia em que um desastre de caminhões parou a marginal Tietê, quando percebeu que o sujeito do carro ao lado sinalizava insistentemente para ela.
``Vi que não podia ser pneu furado", lembra. Ela abriu o vidro e diz que se sentiu em um comercial de TV. ``Ele era lindo. Estava sozinho e disse que queria conversar enquanto o trânsito não andava. Passei para o carro dele imediatamente. Foi tudo muito rápido, mas nunca vou me esquecer. Ainda procuro a cara dele pela rua."
A estudante de psicologia E.M., 24, adora lembrar de uma história que começou no elevador cheio. Ela estava indo para o analista e apertou o 17º. No fim, sobrou ela e um sujeito grisalho, com cara de ``médico de novela", que perguntou qualquer bobagem. ``A voz era o máximo", conta. ``Quis ouvir mais e perguntei para onde ele estava indo. Ele disse que tinha escritório ali e me chamou para fazer uma visita. Não sou disso, mas era impossível recusar."

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