São Paulo, domingo, 13 de agosto de 1995
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Mãe está certa em 85% dos casos

DA REPORTAGEM LOCAL

Na grande maioria das vezes, a mulher está certa. Segundo o Imesc e os laboratórios de DNA, em 85% dos casos o homem apontado é de fato o pai da criança.
``É normal que o homem queira ter certeza", diz o advogado Ricardo Penteado. Muitos pais tentam escapar fazendo um julgamento moral do comportamento da mãe. ``Ela não era flor que se cheire", afirmou um mecânico de Franca, de 24 anos.
``Comigo só foi uma noite, nem conheço ela direito", disse um operário de Suzano (35 km a leste de São Paulo).
No Imesc, as pessoas não podem ser identificadas porque o processo corre em segredo de Justiça. Homens e mulheres aguardam em salas separadas. Um segurança cuida para evitar agressões. ``Aqui a gente se sente culpado", disse um deles.
Muitos vão conhecer ali o filho que nunca viram. Alguns fazem de conta que não conhecem as mães.
Um carpinteiro da zona sul de São Paulo, 38 anos, casado, três filhos, estava chocado.
Uma namorada que tivera aos 20 anos apresentou a ele um suposto filho de 17 anos. Era um adolescente de 1,8 m. ``Queria conhecer meu pai."

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