São Paulo, segunda-feira, 14 de agosto de 1995 |
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Relatório pode ter sumido
ROBERTO PEREIRA DE SOUZA
Acontece que o documento da venda do lote para as Forças Armadas de Honduras mostra um outro relatório, datado de 2 de outubro de 1984, assinado pelo fiscal militar do Exército, capitão Antonio do Amaral Brites, e pelo gerente da fábrica, em Lorena, Antonio Bercher de Moura. O interrogatório deverá esclarecer se o segundo relatório de teste foi extraviado ou simplesmente não foi enviado para Brasília. As queixas quanto à qualidade dos explosivos foram feitas pelo general Richard Secord, ex-auxiliar de Oliver North, o idealizador da operação Irã-Contras. Secord afirmou em entrevista à revista ``Playboy" dos EUA, de setembro de 87, que as granadas da Explo explodiam nas mãos dos guerrilheiros. Isso pode significar que as espoletas, que têm garantia de dois anos, estavam vencidas. O general Barbosa, no último parágrafo, perguntou aos diretores da Explo ``para que país foi exportado o lote das granadas em pauta". A pergunta revela que o departamento que controla a produção e negócios de material bélico não estava ciente da venda. (RPS) Texto Anterior: Juiz decide hoje se concede habeas corpus Próximo Texto: PARA ENTENDER O CASO Índice |
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