São Paulo, segunda-feira, 14 de agosto de 1995
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'Esmeralda' é aventura jóia

INÁCIO ARAUJO
DA REDAÇÃO

Há um mundo de distância entre "Tudo por uma Esmeralda (Globo, 15h40) e a produção corrente dos filmes de aventura.
Primeiro, a história em que Kathleen Turner é a escritora Joan Wilder, que vai à Colômbia em busca da irmã, que foi sequestrada. Para ter a irmã de volta, porém, ela precisa entregar aos bandidos um mapa do tesouro.
A simples menção a um mapa do tesouro já nos coloca no centro de uma rica tradição, junto com o fato de o roteiro lidar com uma escritora (portanto alguém que conjuga a aventura da imaginação com um lado forçosamente sedentário).
Para ajudá-la nas coisas práticas da vida, o roteiro providencia a presença do aventureiro Jack Colton (Michael Douglas).
Daí por diante (ou até mesmo antes), a comparação com "Os Caçadores da Arca Perdida, o primeiro filme do herói Indiana Jones, é pertinente. "Tudo por uma Esmeralda é um filme com muita ação, não raro mirabolante, e sem pressupostos intelectuais: nem o brucutu reacionário (tipo Stallone), nem o sucesso pré-programado e mantido à custa de campanhas publicitárias imensas (dos filmes-evento como "Batman Eternamente).
Nem mesmo os toques críticos de, digamos, "True Lies. Por uma vez, parece que estamos mesmo diante daqueles antigos filmes em que Michael Curtiz era pródigo: um artesanato sólido, a serviço de uma diversão que não ofende nem imbeciliza o espectador.
(IA)

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