São Paulo, terça-feira, 15 de agosto de 1995 |
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Radicais procuram político católico para enfrentar candidato de Lula
CARLOS EDUARDO ALVES
A eleição para o comando do partido está marcada para o próximo domingo, em Guarapari (ES). Dirceu é apoiado pela ala ``Articulação", considerada de ``centro" no partido, e pelo atual presidente do PT, Luiz Inácio Lula da Silva. ``Não está em meus planos disputar a presidência", afirmou Plínio, que no entanto não descartou definitivamente a possibilidade. O curioso na articulação que quer fazer de Plínio o candidato das alas mais radicais do petismo é que o ex-deputado federal, ligado à Igreja Católica, sempre foi incluído pelos ``radicai" no grupo mais à ``direita" do partido. Plínio tem relações difíceis com Dirceu e hoje sua vida partidária é dedicada principalmente a estudos do núcleo agrário do partido. Ligado a d. Paulo Evaristo Arns, Plínio tem participado de encontros de Lula com intelectuais. A tentativa de fazer Plínio vestir a camisa das alas mais ortodoxas do PT revela a dificuldade que esses grupos estão encontrando para chegar a uma candidatura comum. Dirceu conta com cerca de 51% dos votos dos delegados que vão escolher a nova direção: ``Só vou me pronunciar sobre essa candidatura se Plínio confirmá-la", disse. Lula está tentando ampliar a adesão a Dirceu. Além da ``Articulação", o ex-deputado tem aval de parte da corrente ``Democracia Radical" (``direita do PT"). Uma ala mais à ``esquerda" do PT também apóia Dirceu. Aí estão incluídos o deputado estadual paulista Rui Falcão, o deputado federal Jaques Wagner (BA) e o ex-deputado Vladimir Palmeira (RJ). Texto Anterior: Novo partido quer ministérios para ter mesmo poder que PMDB e PFL Próximo Texto: Projeto deve reduzir imposto de empresas Índice |
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