São Paulo, terça-feira, 15 de agosto de 1995
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Oscar luta por feito inédito

DA REPORTAGEM LOCAL

Aos 37 anos, o ala Oscar tenta ser o primeiro jogador de basquete a jogar cinco Olimpíadas.
Depois de 13 anos na Europa (Itália e Espanha), ele regressou ao Brasil, como jogador do Corinthians (SP).
Já havia se despedido em 92, mas voltou atendendo ao convite de Ary Vidal.
Ontem, por telefone, Oscar falou à Folha:

Folha - Você está convicto de que vai a Atlanta?
Oscar Bezerra Schmidt - Caso houvesse dúvida, certamente eu não estaria aqui.
Folha - Está tenso para esta reestréia na seleção?
Oscar - Já estive mais. Isso passou depois que enfrentamos o time de norte-americanos que atuam no Brasil.
Folha - Qual é a sensação de poder se converter no único jogador a atuar em cinco Olimpíadas?
Oscar - Vivendo um sonho, um grande desafio. Tenho sorte de viver o sonho, poder alimentar a esperança.
Folha - Nesta fase da sua carreira, o que mudou?
Oscar - Com a idade, perde-se um pouco de impulsão e velocidade, mas não a força e resistência. Em contrapartida, ganha na visão de jogo, tranquilidade.
Folha - Você ficou conhecido como o ``Mão Santa", pela precisão nos arremessos. Elas continuam certeiras?
Oscar - Não existe mão santa. Minha mão foi treinada. Sempre foram 500 arremessos ou mais por dia.
Folha - Quais são os favoritos do Pré?
Oscar - A Argentina, que tem bom time e joga em casa. Depois aparecem Brasil, Canadá, Porto Rico e República Dominicana.
Folha - A atual seleção é mais forte ou mais fraca do que as anteriores?
Oscar - Não dá para comparar com as vezes anteriores em que estive na seleção. Até a Olimpíada de Barcelona, era um conjunto que estava formado havia muito tempo. O time atual está bem treinado.
Folha - Está pronto para a estréia no Corinthians?
Oscar - Animado com a contratação do Fernando Minucci (ex-Franca). Iniciamos o entrosamento na seleção.

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