São Paulo, quinta-feira, 17 de agosto de 1995
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Paulistanos condenam a intervenção

DA REDAÇÃO

A intervenção do Banco Central (BC) no Banco Econômico na sexta-feira passada foi condenada por 58% dos paulistanos ouvidos ontem pelo Datafolha.
A pesquisa foi realizada com 660 pessoas maiores de 16 anos. Do total de entrevistados, 28% aprova a atitude do BC.
Já a decisão de estadualizar o banco, suspendendo a intervenção, recebeu o apoio de 48% dos entrevistados.
Dentre os entrevistados que apoiaram a estatização, 48% têm como partido de preferência o PT, 58% o PMDB e 33% o PSDB. Do total que desaprovou, 46% têm o PT como partido, 27% o PMDB e 61% o PSDB.
Para 60% dos entrevistados, as pressões do senador Antônio Carlos Magalhães (PFL-BA) tiveram muita influência na decisão dos governos federal e baiano em estatizar o banco.
Para 19%, houve influência de ACM, mas ela não chegou a ser decisiva. Apenas 9% acham que ACM não teve influência na decisão do governo federal.
Ainda segundo a pesquisa do Datafolha, 47% dos paulistanos acredita que o Banco Central teve mais boa vontade com o governo da Bahia do que tem tido com os governos de São Paulo e do Rio de Janeiro, para solucionar as intervenções nos respectivos bancos estaduais, o Banespa e Banerj.
Para 38% dos paulistanos são os governadores Mario Covas (SP) e Marcello Alencar (RJ) que não têm tido capacidade para negociar o fim da intervenção federal do banco Central nos bancos estaduais.
Dentre os paulistanos que acreditam que o Banco Central teve maior boa vontade com o governo da Bahia, 49% têm simpatia pelo PT e 47% pelo PMDB.
Já dentre os que acreditam os governadores de SP e RJ não estão sabendo negociar as soluções, 41% são simpatizantes do PT e 30 do PMDB.

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