São Paulo, quinta-feira, 17 de agosto de 1995
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Ponte do Tatuapé será totalmente fechada

DA REPORTAGEM LOCAL

A ponte do Tatuapé (zona leste de São Paulo), abalada pelo incêndio de uma favela na última segunda, será totalmente interditada, em data ainda não definida.
O tráfego na ponte já está interrompido no sentido via Dutra-avenida Salim Farah Maluf, principal acesso da rodovia a São Paulo.
Ontem, o trânsito continuou ruim no local devido à interdição. A CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) registrou 90 km de congestionamentos pela manhã -20% a mais do que o normal.
Segundo a Secretaria Municipal de Vias Públicas, a interdição total não acarreta perigo para quem trafega pela ponte ou para moradores que não tiveram seus barracos queimados e continuam na favela.
A interdição total vai ocorrer devido às obras de recuperação da ponte, que devem durar 60 dias.
A interdição total não deverá durar todo esse tempo. A CET ainda não divulgou esquema de emergência para quando ela acontecer.
A recuperação da ponte está sendo feita pela Encalso Engenharia. O custo não foi calculado.
Ontem, engenheiros não conseguiram fazer análise visual do interior das vigas -que são ocas- porque elas ainda estão aquecidas. O exame laboratorial do concreto deve ficar pronto hoje ou amanhã.
A partir dos resultados desses exames será possível definir a data da interdição total.
O prefeito Paulo Maluf (PPR), em reunião com secretários, anunciou ontem medidas de segurança para quem mora sob viadutos. A meta é, em um ano, retirar 5.000 pessoas de locais de risco.
Os favelados ficarão em abrigos improvisados. O prefeito disse que serão construídos prédios do Projeto Cingapura (de moradia popular) para alojar essas pessoas.
Ontem, a maioria dos 503 desabrigados da favela da ponte do Tatuapé estava alojada em abrigos na Vila Maria (zona norte). Poucos ficaram sob a ponte.

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