São Paulo, quinta-feira, 17 de agosto de 1995 |
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Saldo cambial recorde é de US$ 4 bilhões
RODNEY VERGILI
Ulysses Ferreira, diretor do Banco Patente, explica o crescimento na entrada de recursos no país por uma série de fatores. As exportações costumam ser bem superiores às importações em agosto. O IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) sobre empréstimos em moeda (eurobônus) tomados no exterior -já autorizados há mais de uma semana- passará a incidir a partir do dia 17 (hoje), diz. Ele observa que os investidores estrangeiros consideram os juros no Brasil ``atraentes" e estão alongando os prazos de aplicação para prazos superiores a 90 dias, compensando a elevação na alíquota do IOF de 5% para 7% nos fundos de renda fixa. Nas Bolsas de Valores, o mercado abriu em baixa com a expectativa de que a diretoria do Banco Central fosse pedir demissão, o que não se confirmou. As Bolsas fecharam em alta. O índice da Bolsa de Valores paulista subiu 1,61% e o indicador Senn (Rio) valorizou-se 1%. A saída de José Milton Dallari do Ministério da Fazenda já era esperada e não teve impacto significativo nas Bolsas. O mercado aguarda também decisão da Comissão de Valores Mobiliários que analisa revisão da proibição dos investidores estrangeiros realizarem operações de ``hedge" (garantia) no mercado futuro, o que teria impacto positivo sobre as cotações nas Bolsas. No mercado de renda fixa, os juros permaneceram estáveis. JUROS Curto prazo Os cinco maiores fundões renderam, em média, 0,120%. Segundo a Andima, a taxa do over ficou, em média, em 4,89% para dias úteis, projetando rendimento de 3,83% no mês. No mercado de Certificados de Depósito Interbancário (CDIs), as taxas de juros ficaram, em média, a 4,87% ao mês, projetando rentabilidade de 3,82%. As cadernetas que vencem hoje rendem 3,6384%. CDBs prefixados de 30 dias negociados ontem: entre 30% e 50,7% ao ano. CDBs pós-fixados de 153 dias entre 15% e 16% ao ano mais TR. Empréstimos Empréstimos por um dia (``hot money") contratados ontem: a taxa média foi de 5,56% ao mês, projetando rentabilidade de 4,46%. Para 30 dias (capital de giro): entre 51% e 115% ao ano. No exterior Prime rate: 8,75% ao ano. Libor: 5,94% ao ano. AÇÕES Bolsas São Paulo: alta de 1,61%, fechando com 42.233 pontos e volume financeiro de R$ 312,59 milhões. Rio: valorização de 1,0%, encerrando a 18.955 pontos e movimentando R$ 38,27 milhões. Bolsas no exterior Em Nova York, o índice Dow Jones fechou a 4.639,08 pontos. Em Londres, o índice Financial Times fechou a 2.610,60 pontos. Em Tóquio, o índice Nikkei fechou com 18.158,73 pontos. DÓLAR E OURO Dólar comercial (exportações e importações): R$ 0,941 (compra) e R$ 0,942 (venda). Segundo o Banco Central, no dia anterior, o dólar comercial foi negociado, em média, por R$ 0,940 (compra) e por R$ 0,942 (venda). ``Black": R$ 0,932 (compra) e R$ 0,937 (venda). ``Black" cabo: R$ 0,936 (compra) e R$ 0,940 (venda). Dólar-turismo: R$ 0,910 (compra) e R$ 0,940 (venda), segundo o Banco do Brasil. Ouro: baixa de 0,70%, fechando a R$ 11,41 o grama na BM&F. Câmbio contratado O saldo de fechamento de câmbio comercial (exportação menos importação) acumulado no mês até o dia 15 foi positivo em US$ 1,037 bilhão. As entradas financeiras foram maiores que as saídas de dólares em US$ 3,034 bilhões. O saldo total está positivo em US$ 4,072 bilhões. No exterior Segundo a ``UPI", ontem, em Londres, a libra foi cotada a 1,5520 dólar. Em Frankfurt, o dólar foi cotado a 1,4770 marco alemão. Em Tóquio, o dólar foi cotado a 98,15 ienes. FUTUROS No mercado de DI (Depósito Interfinanceiro) da BM&F, a projeção de juros para agosto fechou a 3,79% no mês e para setembro a 3,44% no mês. No mercado futuro do índice Bovespa, a cotação para agosto ficou a 43.700 pontos. No mercado futuro de dólar, a moeda norte-americana para agosto fechou a R$ 0,949 e a R$ 0,962 para setembro. Texto Anterior: Saem tabelas de preços para Internet Próximo Texto: Múltis dão sinal verde para investimentos Índice |
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