São Paulo, quinta-feira, 17 de agosto de 1995
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PIB do Brasil cresce 7,81% no primeiro ano do Real

DA SUCURSAL DO RIO

A produção total de bens e serviços brasileira cresceu 7,81% no primeiro ano do Real (julho de 1994 a junho de 1995).
Essa foi a variação do PIB (Produto Interno Bruto) do país no período, medida pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Foi o melhor resultado obtido pelo país no primeiro ano de um plano econômico.
A renda per capita (por habitante) cresceu 6,3% no período. Esse número é obtido dividindo-se o crescimento do PIB por um crescimento médio anual de 1,42% da população do país.
Em 1986, primeiro ano do Plano Cruzado, o PIB cresceu 7,05% e a renda per capita, 4,94%. E em 1990, primeiro ano do Plano Collor, o PIB caiu 4,35% e a renda per capita despencou 5,94%.
A maior responsabilidade pelo resultado no primeiro ano do Real foi da indústria, que cresceu 9,6% no período. A agropecuária cresceu 6,8% e os serviços, 6,6%.
O IBGE constatou que a maior parte do crescimento ocorreu no período de outubro/94 a março/95.
No conjunto das atividades do primeiro ano do Real, seis setores responderam por 90% da taxa de crescimento global obtida.
Eles foram as comunicações (19,65%), o comércio (13,22%), a indústria de transformação (10,66%), a construção civil (9,50%), a produção animal (7,91%) e as lavouras (5,89%).

Desaceleração
Se os números do primeiro ano do Real foram considerados ``excepcionais" pelo coordenador do PIB trimestral do IBGE, Almir Cronemberger, o resultado do segundo trimestre deste ano foi motivo de preocupação.
Foi a maior queda de um trimestre para outro desde os 4,87% do primeiro trimestre de 1991 em relação ao último de 1990.
Com esse resultado, o crescimento acumulado no primeiro semestre deste ano foi de 5,8%.
Cronemberger disse que o recuo do segundo trimestre foi ``maior que o esperado". A principal causa, diz, foi o aperto do governo no crédito a partir de março, o que provocou a retração da produção.
Os técnicos do IBGE projetam para este ano um crescimento do PIB de 5%, inferior aos 5,77% registrados no ano passado.

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