São Paulo, quinta-feira, 17 de agosto de 1995 |
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Falta de conforto no avião é unanimidade
DA REPORTAGEM LOCAL A ponte aérea Rio-São Paulo é a ``via-crúcis" do restaurateur e apresentador de TV Bob Coutinho. Proprietário de restaurantes nas duas capitais, ele faz esse roteiro com frequência semanal.Como na maioria dos casos envolvendo viajantes gordos, os problemas de Coutinho começam na poltrona do avião. ``Se eu tivesse mais cinco centímetros de cintura, o cinto não daria conta de me abraçar. Mas tudo bem. Da maneira como fico entalado na poltrona, o avião pode dar piruetas que eu não caio." Coutinho tem viajado quase todos os meses aos EUA. Quando vai a Nova York, entra no avião com dois sanduíches em mente. ``Um deles é o hambúrguer do PG Clark, um pub na 3ª avenida com a rua 54. O outro é o sanduíche de pastrame de uma delicatessen ao lado do Carnegie Hall." As lembranças gastronômicas de Massimo Ferrari, dono do restaurante Massimo, estão ligadas a Itália e Portugal. Ele fala com saudades do modo de preparar peixes em Bari, da pizza de Nápoles e também da sardinha de Nazaré, em Portugal, ``preparada pelas mulheres de sete saias num braseiro". Massimo não reclama da comida de avião, ``mais importante para quem tem peso é o conforto da poltrona". Mas a bandeja de seus sonhos é difícil de ser encontrada. Teria ``pães excelentes, queijos e salames, em uma viagem curta, e uma salada excepcional e um carboidrato em uma mais longa". Outro amante da cozinha italiana é o ator Sérgio Mamberti. O prato que mais recorda, dos lugares que passou, foi em Gênova. Para ele, uma viagem também é um aprendizado gastronômico: ``Meu fetiche é a boa mesa". Já o ator Gerson de Abreu sonha com ``uma bela comidinha quente com serviço self-service" durante os vôos. O ator tem sua técnica para emagrecer em viagens, testada e aprovada na Alemanha. `Tomava um iogurte no café e depois chope. Daí perdia a fome na hora de almoçar e jantar." Para fazer compras, Gerson prefere Miami, mais precisamente as lojas Big Mall, que tem roupas de todos os tamanhos e modelos que não são ``caretas". Meias calças coloridas, maiô e lingerie são as peças que a atriz Eliana Fonseca compra em suas viagens ao exterior. ``Os modelos são mais transados", diz ela. A atriz reclama do desconforto dos aviões: ``Tenho 1,75 metros e não tenho onde pôr a perna. Na última viagem sentei numa fileira de cinco pessoas e a gente combinava a hora de virar a perna". Texto Anterior: 'Dietas são ineficazes', diz endocrinologista Próximo Texto: Ed Motta resgata pequenos prazeres Índice |
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