São Paulo, sexta-feira, 18 de agosto de 1995
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Fundos de pensões querem Mercantil

FÁBIO GUIBU
DA AGÊNCIA FOLHA, EM RECIFE

Parte das ações do Banco Mercantil de Pernambuco poderá ser negociada com fundos de pensões. O controle acionário da instituição, porém, deverá ser transferido para uma única empresa privada.
A informação é do deputado federal Sérgio Guerra (PSB-PE), integrante da comissão que negocia com o Banco Central uma saída para a intervenção no Mercantil.
Segundo Guerra, a transferência do controle acionário da instituição também foi apontada como a melhor solução pela diretoria do BC, durante reunião na noite de anteontem, em Brasília.
No encontro, que começou às 20h30 e terminou às 22h, o BC não aceitou a proposta da comissão pernambucana, que reivindicava a implantação de um sistema de administração mista no Mercantil (iniciativa privada e BC).
``Disseram que o sistema só poderia ser aplicado em estatais", afirmou Guerra, que não concordou com a explicação. ``Não está na lei", disse.
Para o deputado, a decisão do BC não altera o princípio da negociação, que é o de não envolver diretamente o governo do Estado na transação como fez a Bahia.
A hipótese de estadualização do banco foi novamente desconsiderada ontem pelo governo do Estado, que alega não ter recursos em caixa para bancar o negócio. O Mercantil deve R$ 60 milhões ao Banco Central.

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