São Paulo, sexta-feira, 18 de agosto de 1995
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Inclusão de Fleury gera crise no PMDB

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA; DA REPORTAGEM LOCAL

A decisão da executiva do PMDB de incluir o ex-governador Luiz Antonio Fleury (SP) no Diretório Nacional do partido provocou uma crise com a direção peemedebista de São Paulo, ligada ao ex-governador Orestes Quércia.
O ex-deputado Airton Sandoval (SP) tentou ontem substituir o nome de Fleury pelo do candidato derrotado do PMDB ao governo de São Paulo em 94, Barros Munhoz. O presidente nacional do partido, deputado Luiz Henrique (SC), não aceitou.
``A executiva tem o direito de escolher cinco nomes livremente. O diretório paulista já indicou 12 nomes. Luiz Carlos Santos (líder do governo na Câmara) e Fleury são lideranças nacionais do partido", disse Luiz Henrique.
Dominado pelos quercistas, o PMDB de São Paulo queria afastar Fleury da direção nacional do partido.
Perguntado sobre a crise provocada pela inclusão de Fleury, o deputado Alberto Goldman (SP) perguntou: ``Quem é este senhor? Não o conheço".
Em São Paulo, Fleury respondeu com críticas ao seu antecessor. ``Quércia é o passado. Não tem nenhuma chance de ser futuro", disse. Segundo ele, o veto a seu nome é ``provinciano".
O Diretório Nacional, que vai eleger o novo presidente nacional do PMDB, terá 32 membros natos (presidentes regionais, ex-presidentes nacionais e líderes no Congresso) e 119 eleitos (na proporção das bancadas no Congresso).
O único candidato formal a presidente do PMDB é o deputado Paes de Andrade (CE), mas o líder do partido no Senado, Jáder Barbalho (PA), é apontado como o candidato com maiores chances de vitória.

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