São Paulo, sexta-feira, 18 de agosto de 1995
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Times cariocas investem mais na competição

MARCELO DAMATO
DA REPORTAGEM LOCAL

Pela primeira vez em três anos, os clubes cariocas investiram mais em reforços do que os paulistas para o Brasileiro.
O Flamengo foi quem mais gastou para montar um supertime.
Desde a posse, no início do ano, o presidente Kléber Leite investiu mais de R$ 15 milhões em 20 aquisições ou empréstimos.
No primeiro semestre, Leite levou para a Gávea dez jogadores, entre eles Romário. Com o fracasso no Estadual -foi vice-campeão-, trouxe outros nove, além de Edmundo, contratado em maio.
A nova safra de reforços quase forma um time: Paulo César (ex-Portuguesa), Róbson (América-RJ), Cláudio (Guarani), Ronaldo (Shimizu-JAP), Lira (Fluminense), Pingo (Cruzeiro), Márcio Costa e Djair (Fluminense) e Uéslei (Vitória).
Foram gastos mais de R$ 8 milhões.
Os demais times do Rio também investiram: por R$ 3,5 milhões, o Vasco trouxe Juninho e Leonardo, do Sport, e Charles, que estava no Flamengo.
O Fluminense, depois de vender Djair, Lira e Márcio Costa para o Flamengo, gastou R$ 3,5 milhões com o lateral Cássio (Vasco), o atacante Valdeir (Bordeaux) e os meias Norberto (Portuguesa), Darci (Atlético-MG) e Vampeta (PSV-HOL).
Por US$ 2 milhões, o Botafogo comprou de volta o atacante Donizete, que estava no México e mais três reforços.
Os paulistas, em conjunto, fizeram investimento negativo para o Brasileiro. O Palmeiras vendeu um lateral, Roberto Carlos, à Itália, por US$ 7 milhões, e trouxe outro, Jorge Antônio, do Sãocarlense, por R$ 200 mil.
Mesmo considerando as contratações para as finais do Paulista (Muller e Nílson) e para a Libertadores da América (Cafu), o saldo de caixa do bicampeão é positivo.
A situação do Corinthians é semelhante. Sem dinheiro, trouxe emprestado Serginho, do Fluminense-BA (US$ 700 mil), para o lugar de Viola, que foi para a Espanha por US$ 2,8 milhões.
O São Paulo também tem problemas de caixa, porque a reforma do Morumbi consome todo o dinheiro arrecadado pela venda de jogadores. Por isso, o clube alugou o passe de dois veteranos: Cerezo, 40, e Amarildo, 31.
O Santos, que superou a crise financeira do início do ano, foi quem mais contratou: Pintado (Cruz Azul-MEX) e três jogadores para melhorar a marcação.
Nos outros Estados, não houve contratações importantes. Alguns times, como Juventude, Criciúma e Vitória, já decidiram manter a mesma base do Estadual.
(MD)

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