São Paulo, sexta-feira, 18 de agosto de 1995
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Estádios têm novo esquema de segurança

MARCELO DAMATO
DA REPORTAGEM LOCAL

A violência deve diminuir neste Brasileiro, em relação ao ano passado. Alguns estádios estão investindo em novos esquemas de segurança.
As medidas mais profundas foram tomadas em São Paulo. O comando do 2º Batalhão de Choque da Polícia Militar (PM) criou um curso para transformar líderes de torcidas organizadas em comandantes de brigada antipânico.
Os estádios paulistanos devem ser divididos em setores, separados por grades.
O Pacaembu deve ser reaberto -com a sua capacidade total- em outubro, com uma divisão de setores que visa atrair de volta o público feminino. Esse feito já foi conseguido na Inglaterra, que tem a fama de possuir os torcedores mais violentos do mundo.
No Rio, o Vasco reformou o estádio de São Januário para poder mandar seus jogos em toda a competição, inclusive nas fases semifinal e final -se chegar lá.
As reformas visam a ampliação da capacidade do estádio -de 35 mil para 45 mil lugares- e o aumento na segurança. O Vasco quer mudar a imagem de São Januário como estádio inseguro.
No Brasileiro de 94, num jogo contra o Santos, pelo primeiro turno, torcedores vascaínos agrediram santistas, causando 11 feridos. O Vasco foi punido com a perda do mando de dois jogos.
Apesar disso, as torcidas não serão separadas por grades -a torcida visitante ficará num local mais distante das organizadas vascaínas.
A CBF, por seu diretor-técnico, Gilberto Coelho, disse que considera a medida desnecessária.
Em Salvador, o Vitória vai usar pela primeira vez o estádio Manuel Barradas com toda sua capacidade -50 mil lugares- num Campeonato Brasileiro.
A construção do estádio faz parte do projeto do Vitória de se tornar o primeiro clube do Estado, superando o Bahia.
A diretoria tem anunciado que o ``Barradão" tem as melhores instalações do país, para jogadores, público e mídia.
Outro estádio baiano que está recebendo melhorias na parte de segurança é o Fonte Nova, que será reaberto em outubro.
Os estádios que tiverem menos de 30 mil lugares disponíveis como a Vila Belmiro, em Santos, o atual Morumbi e o Parque Antarctica em São Paulo, e as Laranjeiras (Fluminense), vão poder ser usados apenas na primeira fase.
A partir das semifinais, eles serão vetados.
Coelho afirma ainda que a entidade pode, a seu critério, alterar o local de disputa de um jogo, por razões de segurança.
(MD)

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