São Paulo, sexta-feira, 18 de agosto de 1995
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Crescem assaltos a banco e sequestros

FERNANDA DA ESCÓSSIA
DA SUCURSAL DO RIO

Um levantamento realizado pela Secretaria da Segurança Pública do Rio revela um aumento no número de sequestros e assaltos a banco nos primeiros sete meses deste ano, em relação a 1994.
Em 95, foram registrados 231 assaltos a banco, 33 por mês. Houve 165 assaltos nos primeiros sete meses de 94 e 310 no ano inteiro. Nos dois períodos de 94, as médias oscilaram entre 23 e 25 assaltos por mês.
A avaliação da Cisp (Central de Inteligência da Secretaria de Polícia) é de que os sequestros e assaltos a banco aumentaram porque a polícia reforçou o esquema de repressão ao tráfico.
O número de policiais feridos em confronto neste ano com supostos traficantes triplicou em relação ao ano passado. Em 95, 21 policiais morreram em operações em morros e favelas; no ano passado, os mortos foram 28.
Os números revelam que as apreensões de tóxico e as prisões por porte de entorpecentes feitas durante este ano praticamente igualam as realizadas durante todo o ano passado.
O secretário da Segurança, general Nilton Cerqueira, não comentou os resultados.

Premiações
Hoje a Secretaria da Segurança começa a executar uma estratégia de premiação de policiais civis por bons serviços, como tentativa de aproximação com a corporação.
Normalmente, as listas de premiações incluem apenas policiais militares. Os policiais civis não podem ser promovidos, como os militares, mas vão ganhar uma viagem de prêmio.
Há três semanas, Cerqueira enfrentou a pior crise em três meses de cargo: ameaçou extinguir a Polícia Civil e os policiais fizeram um protesto formal.
Os dois policiais premiados hoje são o carcereiro Roberto Carlos Medeiros, da 64ª Delegacia, em São João de Meriti (Baixada Fluminense), e a escrivã Jussara Laqenbrinq, da DAS (Divisão Anti-Sequestro).
Medeiros estava de folga na delegacia de Copacabana (zona sul) há três semanas, quando houve uma fuga de presos. Ele ajudou na perseguição e capturou um dos fugitivos.

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