São Paulo, sexta-feira, 18 de agosto de 1995 |
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Seriado repete aqui o "cult" dos EUA
MARISA ADÁN GIL
Combina o humor sombrio de “Twin Peaks” (série ‘cult’ de David Lynch, transmitido pela Globo em 91) com a perversão de “O Silêncio dos Inocentes”, de Jonathan Demme. É um policial no limite do terror explícito. Dois agentes do FBI trabalham em casos envolvendo fenômenos paranormais -os “X-Files”: Fox Mulder (David Duchovny) acredita em homenzinhos verdes; Dana Scully (Gilliam Anderson), não. A maioria das histórias lida com ETs perturbadoramente violentos. Mas há espaço para mutantes que comem fígados humanos, governos que injetam DNA alienígena em bebês e outras amenidades. No Brasil, a série (com média de três pontos no Ibope) já virou “cult”. Nos EUA, é mania nacional -já se fala em levá-la para o cinema. A atriz Gillian Anderson, 27, falou à Folha por telefone de Vancouver, no Canadá. Folha - Você já ficou realmente apavorada com o seriado? Gillian Anderson - Sim, muitas vezes. Acontece quando leio o roteiro pela primeira vez. À noite, tenho dificuldade para dormir. Folha - Dizem que os papéis estão invertidos: você acredita em OVNIs, não David. Gillian - Sempre fui fascinada por OVNIs. É um planeta muito pequeno, é egocêntrico achar que somos os únicos. David precisa de provas mais sólidas. Folha - Você acredita que existam “arquivos X”? Gillian - Tenho certeza de que há informações secretas sobre alguns OVNIs no FBI e na CIA. Folha - Nos EUA, você e David Duchovny são “sex-symbols”. Gillian - Meu Deus, não sei o que dizer. Se vêem isso no personagem, ótimo. Mas o principal é sua força e inteligência. Folha - Os fãs querem saber se os dois irão para a cama. Gillian - Acho que eles vão ficar cada vez mais próximos. Mas nunca vai ficar romântico. Os escritores estão determinados a manter o relacionamento platônico. Folha - Como estão as gravações para a terceira temporada? Gillian - Os dois primeiros episódios tratam de uma fita que traz informações sobre OVNIs e conspirações governamentais. As vidas de Mulder e Scully correm perigo. Folha - Esse tipo de história está ficando habitual. Até onde os escritores podem jogar com a vida dos protagonistas? Gillian - Não sei, é uma boa pergunta. No episódio seguinte, depois do risco todo, voltamos às tarefas normais. É meio abrupto. Mas os escritores não acham. Folha - É possível que “Arquivo X” vá parar no cinema, como “Jornada nas Estrelas”? Gillian - Acho que vai acabar acontecendo. Espero que sim. Próximo Texto: Coluna Joyce Pascowitch Índice |
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