São Paulo, sábado, 19 de agosto de 1995 |
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Coronel nega ligação com traficantes
ROBERTO PEREIRA DE SOUZA
Fontes foi preso em flagrante dia 26 de junho carregando 30 mil projéteis de fuzil AK47. Junto com o coronel estava Rubernil Tomas da Silva, o Rubens. Segundo os autos encaminhados pela Polícia Federal, Rubernil acabou sendo morto ao disparar ``um ou dois tiros" contra os policiais. ``Fui ajudar Rubens a transportar rolamentos. Não sabia que eram munições. Não sabia que Rubens era traficante de drogas", afirmou. Fontes disse que foi torturado por dois policiais federais antes de conversar com o delegado Antonio Carlos Rayol. A Folha tentou ouvir o delegado, mas seus assessores do Departamento de Polícia Fazendária disseram que ele não poderia ser localizado. O acusado sugeriu que as circunstâncias da morte de Rubernil Tomas da Silva tenham sido diferentes das mencionadas nos autos enviados à Justiça Federal. Após ser preso, sem resistência, o coronel foi levado para uma viatura da PF. ``Ouvi então cerca de 20 disparos de pistola. Me lembro de ter visto policiais algemando Rubens. Não o vi de pé algemado. Após os tiros, me disseram que Rubens havia reagido e morto." No carro do traficante havia um cartão de visita do coronel Latino Fontes e um fax enviado de Miami da empresa Maxima International Business, de propriedade de Delson di Susa, com prisão preventiva decretada, mas foragido. Delson foi funcionário da Explo, empresa acusada de fabricar e vender ilegalmente 1 milhão de granadas como parte da operação Irã-Contras. Texto Anterior: Câmara investiga ação do DNER em tortura Próximo Texto: Delegado desvenda enigma Índice |
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