São Paulo, domingo, 20 de agosto de 1995
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BC estuda parcelar dívida do Econômico

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O Banco Central estuda a possibilidade de conceder algum parcelamento das dívidas do Banco Econômico junto ao órgão, com objetivo de facilitar a venda do banco sob intervenção federal.
Entretanto, a área técnica definiu que um eventual parcelamento não excluirá a cobrança de juros e correção monetária. Ou seja, só prazos podem ser negociados. O pagamento integral do rombo de R$ 3,3 bilhões do banco, não.
Também é certo que, sem um aporte mínimo inicial de R$ 1,8 bilhão, o Econômico não abrirá suas portas.
Esse é o montante que engloba os R$ 1,5 bilhão de patrimônio líquido negativo da instituição mais os R$ 300 milhões que o BC exige como capitalização adicional do banco para reabri-lo.
Avalia-se, no BC, que a venda do Econômico seria um ótimo negócio para o governo: seria evitada a liquidação, que poria o BC na fila dos credores do banco.
Por isso, cogita-se facilitar a transferência do controle acionário.
Apesar desses estudos, a área técnica do BC acredita que, mesmo com a medida, dificilmente aparecerão interessados em comprar o banco.
O BC já concedeu um parcelamento para o rombo do Brasbanco, instituição liquidada após o Plano Real. Mesmo com a permissão para pagar em duas vezes a dívida de R$ 5 milhões, os proprietários do pequeno banco não conseguiram reunir o dinheiro.
Enquanto não é encontrada uma solução para o Econômico, o BC planeja vender alguns dos ativos do banco para pagar os principais credores. Essa medida também poderá facilitar a negociação do banco.

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