São Paulo, domingo, 20 de agosto de 1995
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Para fábricas, venda total é mais importante

DA REPORTAGEM LOCAL

Diretores da GM e da Mercedes-Benz -as marcas de carros nacionais e importados preferidas por empresários de São Paulo, segundo pesquisa Datafolha- citam a tradição e a tecnologia de suas marcas para justificar a liderança.
O vice-presidente da GM, André Beer, afirma que a preferência pela marca se deve ao acerto em lançar cada vez mais produtos tecnologicamente atualizados, entre os quais inclui o Omega.
Oliver Ilg, gerente de vendas de automóveis da Mercedes-Benz, diz que a marca voltou a ocupar o espaço na mente do consumidor.
``A Mercedes só perdeu a liderança -em pesquisa realizada pelo Datafolha em 93- porque naquela época o consumidor ficou tomado pela chegada de vários carros novos ao mercado."
As demais marcas que figuram abaixo de GM e Mercedes na pesquisa preferem alegar que seus modelos lideram as vendas dentro do segmento de carros de luxo.
O gerente de marketing da Volkswagen automóveis, Luis Muraca, afirma que o Santana, segundo lugar na preferência, atinge um público mais diversificado que o do Omega.
``Ficamos satisfeitos em estar logo em seguida ao Omega, que é um carro maior e mais caro. De qualquer modo, vendemos 4.500 unidades do Santana em julho, enquanto a GM vendeu cerca de 800 unidades nesse mês."
A argumentação de Nivaldo Notoli, diretor de Comunicação da Fiat, é parecida.
``Não conheço o perfil desses empresários consultados pelo Datafolha, mas a pesquisa feita pela Fiat nesse segmento mostra que o Tempra atende perfeitamente esse público", afirma.
Ele tenta justificar seu argumento mostrando números de vendas. Segundo ele, de janeiro a julho deste ano foram vendidas 22.634 unidades do Tempra contra 14.223 do Santana e 6.407 do Omega.
Em nota enviada à Folha, a Ford afirma que no balanço de vendas nos primeiros sete meses deste ano houve crescimento de 43% na participação de mercado do Versailles, em relação ao mesmo período de 94, enquanto que o Omega teve queda de 33% e o Monza, queda acima de 40%.
Leonardo Senna, vice-presidente da Senna Import, importadora oficial Audi, também joga com os números e afirma que a terceira colocada na pesquisa lidera o ranking 95 de importados de luxo.
Senna cita números da Abeiva (associação de importadores), que indicam vendas, de janeiro a julho, de 2.146 unidades Audi, 2.056 BMW e 1.286 Mercedes.
Ricardo Rodrigues, gerente de marketing da Regino Import, importadora BMW, afirma que as duas marcas de importados mais citadas na pesquisa se encaixam melhor no perfil de executivos.

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