São Paulo, segunda-feira, 21 de agosto de 1995
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Jatene elogia resultados da campanha

DA REPORTAGEM LOCAL

O ministro da Saúde, Adib Jatene, considera que o governo conseguiu cumprir a meta de vacinar 17,4 milhões de crianças contra a poliomielite no último sábado, durante a a primeira etapa da Campanha Nacional de Multivacinação.
``Nosso objetivo é continuar vacinando até que a erradicação se processe em todas as regiões, como aconteceu com a varíola", disse o ministro. Jatene lembrou que a próxima etapa da campanha de vacinação acontecerá no dia 21 de outubro.
A poliomielite é uma doença infecciosa provocada por um vírus e causa paralisia. Não existe tratamento para a doença, que só pode ser controlada por meio de vacinação preventiva.
Em São Paulo, a Secretaria Estadual da Saúde estima ter vacinado cerca de 3 milhões de crianças em 15 mil postos de vacinação. Eles funcionaram das 8h às 17h. Ao todo, participaram da campanha 79 mil profissionais, em 10.800 equipes.
No sábado, também foi aplicada, pela primeira vez no Estado, a vacina hemófilo (tipo B), em crianças de de 12 a 23 meses de idade. O hemófilo é uma bactéria que provoca várias doenças, como a meningite.
Segundo o secretário estadual da Saúde, José da Silva Guedes, os efeitos das campanhas de vacinação dos anos passados trouxeram resultados positivos. ``Há cinco anos não registramos nenhum caso de poliomielite e há dois anos nenhuma criança morre vítima do sarampo", afirmou.
No sábado, as crianças que ainda não tinham sido vacinadas também receberam doses contra tuberculose, sarampo, difteria, tétano, coqueluche, caxumba, rubéola e febre amarela.
A vacina hemófilo visa a combater a infecção pelo Haemophilus influenzae tipo B. Trata-se de um tipo de bactéria. Pode provocar otite (inflamação dos ouvidos), sinusite, bronquite, meningite e pneumonia, entre outras doenças.
Em São Paulo, entre as meningites notificadas de 84 a 93, em média 8,5% dos casos tiveram como causador o Haemophilus influenzae. A faixa etária de maior incidência é abaixo dos 5 anos (92% dos casos). A média de casos por ano é de 420.

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