São Paulo, segunda-feira, 21 de agosto de 1995![]() |
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Churrascaria 'segue' eventos
BRUNO BLECHER
``Nós somos ciganos mesmo", diz Torquetão, 59, que aos 41 resolveu deixar a vida pacata de Pereira Barreto (SP) e botar o pé na estrada. A Douradão acompanha o calendário das exposições rurais do país e participa de 25 feiras por ano no inteiror. Na Feira Agropecuária da Alta Mogiana, a Feapam, a Douradão instalou dois restaurantes no parque de exposições de Ribeirão Preto. Um deles, mais simples, atendeu os tratadores (peões que cuidam do gado), vendendo PFs ("pratos feitos) a R$ 6. O outro serviu rodízio a R$ 16 por pessoa. Em feiras grandes, como a Feapam, a Douradão chega a faturar R$ 150 mil, calcula Torquetão. A churrascaria cigana trabalha com entre 60 e 90 funcionários, dependendo do porte da feira. Os funcionários, sem exceção, são autônomos. ``É uma vida de circo. Minha mulher costuma dizer às amigas que é viúva", brinca Geraldo Torquetão. A crise agrícola, segundo ele, tem atrapalhado seus negócios. Na Agrishow, feira realizada em maio em Ribeirão Preto, a Douradão contratou 200 funcionários e se preparou para servir 20 mil pessoas por dia em três casas. A previsão de atendimento não se concretizou. ``Mas o governo cortou o crédito para compra de máquinas agrícolas e a feira foi um fracasso", diz Torquetão, referindo-se à medida do governo ocorrida à época da feira. (BB) Texto Anterior: Feiras movimentam R$ 230,8 mi Próximo Texto: Apresentação das armas; Movimentos iniciais; Oferta diversificada; Mais investimento; Segmento específico; Tempo de estrada; Tecnologia adaptada; Outros ares; Débito no caminho; Efeito retroativo Índice |
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