São Paulo, segunda-feira, 21 de agosto de 1995
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Pacaembu é interditado por secretário de Esportes

MARCELO DAMATO; MÁRIO MOREIRA
DA REPORTAGEM LOCAL

O secretário municipal de Esportes de São Paulo, Ivo Carotini, anunciou ontem a interdição do estádio do Pacaembu.
O fechamento deverá durar pelo menos dez dias.
Esse é o tempo previsto para a correção dos danos causados pela briga de ontem e para a remoção do entulho depositado na base do tobogã, setor do estádio.
O administrador do Pacaembu, Luiz Afonso de Andrade, o Luizão, disse que o entulho está no local há cerca de 20 dias.
Ele disse que só não removeu o material por não ter onde depositá-lo.
O diretor do Contru (Departamento do Controle do Uso de Imóveis), Carlos Alberto Venturelli, afirmou que a recuperação do estádio levará dois ou três dias.
Venturelli disse que já havia recomendado à administração do Pacaembu a remoção do entulho. Luizão afirmou não ter recebido qualquer comunicação nesse sentido.
Os dois acabaram atribuindo o problema à mudança recente no comando da secretaria de Esportes, encabeçada por Ivo Carotini desde o último dia 3.
O secretário de Esportes disse que caberia à Edif, órgão da Secretaria de Obras e Serviços Públicos, obrigar a empresa Este Engenharia, que apurou os serviços de recuperação a serem feitos no tobogã, a retirar o entulho do local.
O secretário municipal de Obras, Reynaldo de Barros, disse que o Pacaembu deveria estar interditado.
``Se o secretário de Esportes não consegue impedir a entrada de torcedores no local interditado, não posso fazer nada. Não houve negligência da nossa parte."
O presidente interino da Federação Paulista de Futebol, Rubens Aprobatto Machado, disse que vai liberar a realização de jogos de times paulistas no local quando avaliar que houver condições de segurança.
A declaração de Aprobatto, emitida ontem à noite, é uma mudança em relação à decisão que anunciara no início da tarde, uma hora depois da briga.
Naquele momento, ele dissera que só permitiria jogos no Pacaembu depois do fim da reforma no tobogã.
A reforma, que visa a reforçar a estrutura desse setor das arquibancadas, só deverá acabar em dezembro.
Por ``condições de segurança", Aprobatto quer dizer garantias de que a briga de ontem não se repetirá. Ele elencou algumas exigências, entre as quais a retirada do entulho à medida que ele for sendo produzido.
(MD e MMo)

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