São Paulo, segunda-feira, 21 de agosto de 1995
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Estudante do Guarujá não é campeão de kickboxing

DA AGÊNCIA FOLHA

O estudante Ricardo Holz, 17, de Guarujá (SP), que se apresentava como campeão mundial da luta marcial kickboxing, disse por telefone à Agência Folha na semana passada que não conquistou este título. Com a fraude, Holz tinha conseguido receber pelo menos R$ 3.600,00 de patrocínio.
A mentira veio a público após a publicação de reportagem com o estudante pelo Folhateen de 7 de agosto. A informação de que ele era campeão mundial foi contestada pela Confederação Brasileira de Kickboxing e a representação no Brasil da Iska (Associação Esportiva Internacional de Kickboxing).
As entidades afirmaram que o nome de Holz não aparecia nas lutas promovidas por nenhuma associação e que ele não tinha documentos provando a conquista do título.
Reportagens apresentando o lutador como campeão já tinham sido divulgadas pelos jornais e TVs na Baixada Santista. A Agência de Publicidade Pronome, de Santos (SP), tinha dado os R$ 3.600,00 a Holz a título de patrocínio em nome de uma revenda de automóveis.
Ao saber das contestações, Milton Batista, diretor da Pronome, anunciou a suspensão da ajuda. Ele afirmou à Agência Folha que sua empresa poderá processar o estudante na Justiça.
Holz diz agora que viajou de fato ao Japão, mas para participar apenas de um torneio de artes marciais estilo livre, onde teriam se enfrentado lutadores de diferentes tipos de lutas marciais -caratê, jiu-jitsu, boxe tailandês e kickboxing. Não haveria critério de seleção para este torneio, apenas um convite dos organizadores.
Holz não é considerado oficialmente lutador de kickboxing, pois não é filiado às confederações do esporte. Mesmo com relação à sua nova versão, ele ainda não apresentou provas de que viajou mesmo ao Japão nem de que participou e venceu qualquer torneio.

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