São Paulo, terça-feira, 22 de agosto de 1995
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Quanto mais xucro melhor

DO ENVIADO ESPECIAL

Quando não está em rodeios, Carlos Roberto Garieri costuma percorrer as fazendas do interior em busca de gado selvagem e cavalo xucro (ainda não domado).
Se a tropa de cavalo, por exemplo, está domada, ela é descartada.
``Quanto mais rebelde e bruto, mais o animal tem futuro para rodeio, seja boi ou cavalo", diz o tropeiro.
O treino começa aos dois anos de idade. Termina um ano depois. A partir daí, o animal pode pular durante dez anos, diz Madrugada.
Um de seus touros, Xaxim, de 15 anos, foi aposentado há pouco.
Mestiço das raças nelore e girolanda, Xaxim mandou para o chão em menos de oito segundos (tempo de permanência mínima em cima do boi) um peão em prova realizada há cinco anos em Barretos.
Como os animais, o manejo na fazenda também é rústico. Os bichos são criados soltos na pastagem de ``coast-cross".
Madrugada considera os cavalos cruzados das raças quarto-de-milha e puro-sangue inglês os melhores para rodeio.
Já o boi bom de pulo, segundo ele, é o mestiço da raça nelore com gado de sangue europeu, como chianina, simental e marchigiana.
Mas Madrugada prefere usar o nelore com o pesado marchigiana.

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