São Paulo, terça-feira, 22 de agosto de 1995![]() |
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Aplicações no BB crescem com intervenção
FERNANDA DA ESCÓSSIA
Segundo Caetano, foram R$ 400 milhões em depósitos a prazo -CDB, RDB e caderneta de poupança- e R$ 600 milhões em fundos mútuos de investimento. Caetano disse que a quantia chegou ao BB entre os dias 10 e 17 deste mês e afirmou que a situação foi ``um fenômeno natural diante do tumulto no sistema financeiro". Ele crê que a crise no Econômico favoreceu o investimento em bancos maiores. Segundo ele, os depósitos a prazo feitos neste período representam 3% do total disponível no banco, e os depósitos em fundos, de 6% a 7% do total administrado pelo BB. ``Em todas as instituições de grande porte, a situação do Econômico trouxe um aumento nos depósitos. Mas o BB não se vangloria disso, porque o sistema só é forte com várias instituições fortes", afirmou. O diretor financeiro disse que o Banco do Brasil poderá arcar com o prejuízo de uma linha comercial no valor de R$ 19,3 milhões, concedida ao Econômico para financiamento de importação e exportação. ``Tudo vai depender do rumo da intervenção. No conjunto de credores, esse não é um grande valor, ainda mais que o valor falado no caso do Econômico é de R$ 1,8 bilhão. Agora, achar bom, eu não acho não", disse o diretor financeiro. Ele não quis, porém, fazer uma previsão de como o BB vai efetivamente trabalhar sobre o caso. Redução do prejuízo Caetano divulgou ontem no Rio, durante um encontro com analistas de mercado, a estratégia do Banco do Brasil para reduzir pela metade o prejuízo do banco no primeiro semestre do ano: R$ 2,4 bilhões. Segundo o diretor financeiro, o BB vai investir R$ 800 milhões em serviços de seguridade, Previdência, negócios internacionais, mercado de capitais e negócios agrícolas. A prioridade do banco para este semestre é o programa de interiorização do mercado de capitais, para levar ao pequeno investidor, nas agências do BB, dados sobre o mercado de ações. Por terminais instalados nas agências, o investidor pode receber informações das Bolsas de Valores e realizar o negócio com a ajuda de funcionários especializados. O valor da transação será debitado na conta corrente. O sistema entra em funcionamento nos próximos dois meses. Foi discutido também o programa de redução da estrutura do banco, com o programa de demissões voluntárias e o fechamento de agências pelo país. O programa é criticado pelos sindicatos de bancários em diversos Estados, que o consideram o começo de uma privatização da instituição. LEIA MAIS sobre o Banco do Brasil na página 2-4 Texto Anterior: Governo do Rio lança projeto de privatização Próximo Texto: Agências serão reabertas a partir de amanhã Índice |
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