São Paulo, terça-feira, 22 de agosto de 1995
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Favelados fecham marginal e param 11 km

DA REPORTAGEM LOCAL

Cerca de 200 moradores de uma favela que fica debaixo do viaduto General Milton Tavares de Souza, no Parque Novo Mundo (zona leste de SP), pararam a marginal Tietê ontem em protesto contra a retirada de famílias do local pela Secretaria Municipal da Habitação.
O congestionamento chegou a 11 km, atingindo também a rodovia Ayrton Senna e a via Dutra.
A manifestação começou por volta de 5h30. Às 6h15, os moradores pararam a marginal no sentido Penha-Lapa.
O tráfego da rodovia Ayrton Senna foi desviado para a via Dutra, a partir das 7h, no acesso existente próximo ao Aeroporto Internacional de Guarulhos.
O trecho da rodovia Ayrton Senna entre o aeroporto e a marginal Tietê ficou fechado até as 12h. O congestionamento chegou a 4 km. Houve ainda 6 km de congestionamento na via Dutra e 1 km na marginal Tietê. Às 8h30, uma das pistas da marginal foi liberada. As outras duas foram liberadas às 11h30, mas o trânsito voltou ao normal às 13h.
Os manifestantes aceitaram encerrar o protesto depois de marcarem uma reunião com o secretário da Habitação, Lair Krahenbuhl, para discutir a retirada dos barracos que ficam sob a ponte. A determinação veio da prefeitura, que considera a favela área de risco.
A favela tem 500 barracos no sentido Penha-Lapa da marginal e outros 500 no sentido Lapa-Penha.
Na última sexta-feira, a Guarda Civil Metropolitana retirou 200 famílias da favela (Penha-Lapa) e destruiu seus barracos. Os moradores foram levados para o Ginásio Esportivo da Lapa.
A reunião com o secretário deveria ocorrer às 19h. Dependendo do resultado, os moradores ameaçavam voltar a fechar a marginal.

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