São Paulo, terça-feira, 22 de agosto de 1995
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CBF ataca e coloca culpa da violência nos paulistas

DA SUCURSAL DO RIO; DA REPORTAGEM LOCAL

Entidade marca a partida adiada do Corinthians para 7 de setembro
A Confederação Brasileira de Futebol acha que a violência das torcidas é um problema regional.
``A violência em São Paulo é diferente da existente no resto do Brasil", afirmou o diretor técnico da CBF, Gilberto Coelho.
``Lá ela é maior. Quase sempre os conflitos generalizados incluem torcedores de Palmeiras, São Paulo e Corinthians."
O diretor da CBF acredita que ``não há nada a fazer quando 5.000 pessoas vão a um estádio com o intuito de brigar".
``Só processando e prendendo os marginais das organizadas será possível acabar com a violência."
Coelho defendeu o direito de existência das uniformizadas. ``Mas afastando os marginais."
Ele considera de ``alto risco" o jogo Santos x Vasco, previsto para sábado, na Vila Belmiro. Em setembro de 94, torcedores dos dois clubes brigaram no Rio. Dez ficaram feridos.
``Esperamos que a Polícia Militar escolte os torcedores do Vasco para evitar conflito", afirmou.
Em São Paulo, o Corinthians reclamou ontem do prejuízo que teve com o adiamento do jogo de estréia no Brasileiro.
A diretoria chegou a pensar em pedir indenização à prefeitura.
Segundo José Izar, advogado do clube, porém, só seria possível pedir indenização pelos gastos com hospedagem.
O prefeito Paulo Maluf contra-atacou pela tarde. Prometeu responsabilizar os clubes (São Paulo e Palmeiras) e a Federação Paulista de Futebol pelos danos ao estádio do Pacaembu.
O jogo entre Corinthians e Bragantino já tem nova data. Foi marcado pela Confederação Brasileira de Futebol para 7 de setembro, às 16h, para o mesmo Pacaembu, se o estádio tiver condições.
Bragantino e Cruzeiro, que jogariam dia 7, enfrentam-se dia 3.

Reforços
O técnico corintiano, Eduardo Amorim, informou ontem que acertou a renovação do contrato.
O meia-atacante Leônidas, que estava na Paraguaçuense (SP), foi emprestado ao Corinthians até dezembro por R$ 120 mil. Se quiser ficar com seu passe, o clube terá que desembolsar mais R$ 430 mil.

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