São Paulo, terça-feira, 22 de agosto de 1995 |
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Motoristas ignoram legislação vigente
FREE-LANCE PARA A FOLHA Os proprietários de veículos já convertidos para o uso de gás natural ignoram a legislação de emissões de poluentes.O taxista Bernardino Vigilante da Silva, 34, tem um Verona LX 92. Ele disse que foi um dos primeiros a fazer a conversão, há quase quatro anos, em um Gol. Ele afirma que, no mesmo dia em que adquiriu o Verona, foi à oficina especializada Somotor e fez a conversão, utilizando o mesmo equipamento do Gol. O taxista diz que nunca teve problemas com os carros. As desvantagens, afirma, são cilindro (reservatório de gás) pesado, que ocupa quase todo o porta-malas, e um pouco de perda de potência. Ele afirma que roda, em média, 250 km por dia e gasta cerca de R$ 8 de gás.``Se o meu carro estivesse só com álcool, eu gastaria quase R$ 20 diariamente." O taxista diz também que desconhece a lei de emissões e que, se tivesse de pagar cerca de R$ 3.000 para fazer a conversão, preferiria rodar com o combustível original. A empresária Diarlete Ferreira Laranjeira, 40, proprietária da Agrodora, possui uma frota de sete peruas Kombi, que são usadas para entrega de flores e produtos agropecuários. Ela diz que os veículos são econômicos e nunca apresentaram problemas. A empresária também desconhece a legislação de emissões. Ela afirma que, se tiver problemas futuramente, pretende recorrer às convertedoras. O taxista Kenzi Uyehara, 58, preferiu adquirir sua Ipanema 1.8 a gás, ano 94, na revenda Itacolomy, para não perder a garantia do carro na conversão. Pagou US$ 3.100 pelo serviço na revenda Chevrolet, em abril do ano passado, e até hoje não teve nenhum problema. Ele afirma que a instalação feita pela revenda GM é diferente das feitas em carros de outros motoristas que fizeram a conversão em outras oficinas. ``Quando termina o gás, ele passa automaticamente para o álcool sem precisar acionar nenhum botão do painel." Texto Anterior: Uso de gás natural exige adaptação legalizada Índice |
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